A reabertura das creches já a 18 de maio tem sido um tema polémico. Pais e instituições continuam com dúvidas e esta segunda-feira, 11 de maio, Graça Freitas foi confrontada com questões sobre as regras a cumprir. A diretora-geral da Saúde reconhece que "não é possível impor a crianças pequenas regras de comportamento", no entanto diz que "devemos fazer tudo o que os adultos e o espaço permitirem para minimizar o risco das suas brincadeiras".

Aquilo que sugere é que as crianças até podem brincar juntas, mas, por exemplo, deixem os sapatos à porta. Outro dos exemplos dado pela diretora-geral da Saúde é que na hora da sesta mantenham o distanciamento para evitar transmissão de gotículas pela respiração e, se possível, que "cada menino tenha o seu próprio colchão". Graça Freitas refere ainda que as refeições devem ser espaçadas, ou seja, com distanciamento entre as salas, que não sejam todas ao mesmo tempo e se criem circuitos para não haver uma aglomeração de crianças.

De acordo com Graça Freitas, o objetivo é fazer tudo para minimizar os riscos de contágio. É por isso que as regras apresentadas há dias pela DGS são apenas sugestões que, de acordo com a diretora-geral da Saúde, "eram apenas ainda para serem discutidas", uma vez que cada creche deve organizar-se em função do espaço que dispõe.

"Não vamos impedir o normal desenvolvimento dos meninos", diz Graça Freitas numa nota final, acrescentando ainda: "Não podendo os meninos utilizar uma máscara, os adultos devem fazê-lo sempre".

Regresso às creches. "Do ponto de vista dos interesses da criança, esse regresso não deveria, de todo, acontecer"
Regresso às creches. "Do ponto de vista dos interesses da criança, esse regresso não deveria, de todo, acontecer"
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Ainda na conferência de imprensa desta segunda-feira, 11 de maio, as marcas deixadas pela COVID-19 em doentes recuperados outro um dos temas debatidos, uma vez que há estudos internacionais que indicam que há possibilidade de pessoas recuperadas ficarem com sequelas.

Fala-se de complicações nos rins, fígado ou pulmões, contudo Graça Freitas refere que no que diz respeito a Portugal, terá de ser feito um estudo com base em relatórios clínicos para chegar a conclusões concretas. No entanto, a diretora-geral da Saúde refere que são "situações que só se verificam em situação aguda".