40 incêndios: 11 em curso, 8 em resolução e 21 em fase de conclusão. É esta a vista geral do País às 9h19 desta sexta-feira, 15 de julho, segundo o site da Proteção Civil. Há mais de dois mil operacionais no terreno, sendo que mais de 800 estão concentrados apenas no distrito de Leiria — onde, ao fim de uma semana, o fogo em Vale de Leiria entrou em fase de resolução pelas 6h15.

Incêndios. Estado de contingência não termina sexta-feira. Esta quinta-feira será o "dia mais grave"
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De acordo com o comandante José Rodrigues, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os fogos nos distritos do Porto, Leiria e Viana do Castelo eram os que mais preocupavam os bombeiros, sendo que Pombal e Leiria continuam a mobilizar o maior número de recursos — 789 bombeiros, 217 viaturas e um meio aéreo.

No Algarve — onde o fogo ameaçou a Quarteira e a Quinta do Lago, com habitações em risco e residentes deslocados —, à data de publicação deste artigo, há registo de três fogos, todos eles controlados e em fase de conclusão.

Área ardida em Portugal já é superior à de todo o ano passado

O primeiro-ministro, António Costa, já havia alertado para o facto de esta quinta-feira, 14, ser "o dia mais grave", de acordo com as previsões meterológicas, e confirmou-se: nunca Portugal tinha atingido 47ºC durante o mês de julho. Até então, o valor mais elevado da temperatura máxima foi registado na Amareleja, a 1 de agosto de 2003, com 47,3°C, de acordo com a CNN Portugal.

As altas temperaturas têm atingido valores atípicos e o cenário nacional no que aos incêndios diz respeito revela-se preocupante: ainda estamos em julho, mas a área ardida em Portugal já é superior à de todo o ano passado. Até esta sexta-feira, 15 de julho, a área ardida é já a maior desde 2017, o ano que ficou marcado pelos fogos de Pedrógão Grande.

Desde o arranque de 2022, já arderam mais de 30 mil hectares — 38.616, mais precisamente, num total de 6.086 ocorrências, segundo noticia a publicação. Em 2021, a totalidade da área não chegou aos 29 mil hectares (28.415).

18 distritos em risco máximo ou muito elevado de incêndios

Às 6h desta sexta-feira, 15, já a estação meteorológica de Mirandela registava 30,5ºC, a temperatura mais elevada em todo o País àquela hora. No entanto, está longe de ser o único alvo desta onda de calor. De acordo com o jornal "Observador", Portugal conta com cinco distritos sob aviso vermelho, quatro em aviso laranja e nove com aviso amarelo devido às altas temperaturas — sendo que todos eles (18) se encontram em risco máximo ou muito elevado de incêndios.

Pelo menos até às 21h de sábado, 16, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre vão estar sob aviso vermelho, que, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), corresponde a "uma situação meteorológica de risco extremo".

Viseu, Coimbra, Santarém e Évora estão sob aviso laranja até às 21h desta sexta-feira, 15.

Situação de contingência prolongada até domingo

Inicialmente seria apenas até esta sexta-feira, 15, mas a  situação de contingência em Portugal, por causa do elevado risco de incêndios, vai mesmo prolongar-se até domingo, 17. O anúncio foi feito esta quinta-feira, 14, pelo primeiro-ministro durante uma visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), avança o jornal "Público".

Ainda não é certo se domingo será, de facto, o último dia da situação de contingência, sendo que, à semelhança do que aconteceu com o primeiro período definido, também este poderá ser reavaliado. As temperaturas estão prestes a baixar, mas, segundo António Costa, "há um legado que passa de dia para dia".

"A temperatura vai baixar nos próximos dias, mas temos uma acumulação de incêndios nos últimos dias. Apesar de as ignições terem tendência para baixar, há um legado que passa de dia para dia, para além do crescente desgaste das forças que estão no terreno", disse.

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