Os Estados Unidos entraram numa nova fase do combate à imigração ilegal, agora muito mais agressiva e constante, por ordens diretas do presidente Donald Trump. E o efeito está a ser imeditado. Esta madrugada e início de manhã de sábado foi dramático em Los Angeles, com uma ação policial estendida por várias zonas da cidade para serem capturados imigrantes ilegais. A força policial está a gerar uma onda de críticas e protestos dentro e fora das comunidades de imigrantes, e até a presidente da câmara da cidade se veio mostrar indignada com o que aconteceu.

Esta ação está a ser gerida por agências federais dos EUA, incluindo o FBI, o ICE (Serviços de Imigração e Alfândegas) e a DEA (Agência Antidrogas). A ação visava a detenção de imigrantes ilegais, principalmente de origem hispânica, e resultou em confrontos com ativistas e membros da comunidade local.

Imigrantes já começaram a ser retirados do Zmar. Operação continua este domingo
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A operação, que contou com agentes fortemente armados e veículos blindados, surpreendeu pela sua dimensão e intensidade. As primeiras detenções ocorreram por volta das 7 da manhã, tendo como alvo imigrantes que procuravam trabalho numa loja de materiais de construção na zona de Westlake.

Ron Góchez, diretor da organização Unión del Barrio, descreveu a ação como um "ataque armado e terrorista coordenado", acusando as autoridades de semear o terror nas comunidades imigrantes. A presidente da câmara de Los Angeles, Karen Bass, também criticou a operação, afirmando que estas táticas perturbam os princípios básicos de segurança e proteção na cidade.

A política de imigração do governo federal, sob a liderança de Donald Trump, tem como objetivo deter pelo menos três mil imigrantes por dia, o que equivale a cerca de um milhão por ano. Esta abordagem tem gerado forte contestação por parte das comunidades afetadas e de responsáveis políticos, que denunciam o impacto emocional e social destas ações.

Renee Saucedo, representante da Coligação do Norte da Califórnia para uma Reforma Imigratória Justa, alertou para o sofrimento emocional causado pelas deportações, com muitas pessoas a temerem a separação das suas famílias.