Na noite desta sexta-feira, 8 de setembro, Marrocos registou um sismo de magnitude 6,8 na escala de Richter. Os números de mortos e feridos nos balanços provisórios das autoridades marroquinas não param de crescer e os destroços fazem-se sentir por todo o país. Este cenário fez com que mais de uma centena de portugueses, que lá estava a passar férias, regressasse a Portugal.

Este sábado, 9, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha avisado que Portugal iria enviar um avião da Força Aérea para a cidade de Marraquexe, no sentido de recolher os portugueses que quisessem regressar a casa. E assim foi – na madrugada deste domingo, 10, um avião da Força Aérea aterrou no Aeroporto de Figo Maduro perto das 5 horas da manhã.

Os viajantes descreveram todos uma experiência semelhante, pautada pelo terror e pelo medo, algo que os incentivou a voltar a casa. "Não nos sentíamos confortáveis. Foi um susto muito grande, muito grande mesmo, ver tudo a abanar", disse um dos cidadãos, segundo a RTP. "É uma sensação que não dá para descrever", diz outra portuguesa, explicando que estava num terraço quando tudo aconteceu e que se apercebeu imediatamente de que é que se tratava.

Das mortes aos destroços, eis o que se sabe sobre o sismo de Marrocos, que foi sentido em Portugal
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Mas nem toda a gente teve essa sorte. Foi o caso de outra portuguesa, que acreditava que os tremores de terra se deviam à passagem de um camião – e que, quando percebeu que não se tratava disso, terá ficado muito assustada. "Poeira, gritos, tudo cheio de pó", foi o que outro dos portugueses recordou sobre o cenário pós-sismo que se instalou na cidade.

Três aviões já saíram de Marrocos e aterraram em solo nacional, desde que o sismo atingiu o país, segundo a "SIC Notícias". O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, a pouco mais de 60 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha.

Se este sábado, 9 de setembro, um dos primeiros balanços das autoridades marroquinas registava 820 mortes e pelo menos 672 feridos, os dados continuam a tornar-se cada vez menos animadores. O balanço já subiu para 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 em estado grave, anunciou o Ministério do Interior marroquino, de acordo com o "Jornal de Notícias".