O período de isolamento para pessoas assintomáticas que testam positivo ao SARS-CoV-2 ou têm doença ligeira passa, a partir desta quarta-feira, 5 de janeiro, a ser de sete dias, à semelhança das pessoas que mantiveram contactos de riscos com doentes infetados. Mas as alterações não ficam por aqui.

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As normas atualizadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) definem que as pessoas infetadas que não tenham sintomas à data do diagnóstico e as que tenham apenas sintomas ligeiros não precisam de realizar teste no sétimo e último dia do isolamento — podendo assim terminar o período de quarentena, mantendo-se "em autovigilância" e "monitorizando os seus sintomas".

No entanto, o mesmo não se aplica aos doentes com sintomas graves. De acordo com as novas normas, o período de isolamento será de 10 dias para quem desenvolve doença moderada, e de 20 para quem desenvolve doença grave e/ou tem problemas de imunodepressão, independentemente da gravidade da evolução clínica, não sendo também necessário teste negativo para ter alta, confirma o jornal "Público".

Mas, atenção: apesar de o período de isolamento para contactos de risco diminuir para sete dias já a partir desta quarta-feira, 5, a redefinição do que é, em termos práticos, considerado um contacto de risco também vai sofrer alterações a partir da próxima segunda-feira, 10.

Afinal, o que é (ou não) considerado um contacto risco?

Passam a ser considerados contactos de alto risco os coabitantes do caso confirmado, a menos que tenham esquema vacinal completo com dose de reforço, residam ou trabalhem em lares ou outras respostas dedicadas a pessoas idosas, comunidades terapêuticas e de inserção social, centros de acolhimento temporário, de alojamento de emergência e rede de cuidados continuados.

O que significa que as pessoas que tiverem a vacinação completa com dose de reforço ou que estejam no período de recuperação da doença, mesmo que sejam coabitantes, ficam dispensadas de isolamento. Já os contactos de baixo risco devem fazer um teste o mais cedo possível, idealmente até ao terceiro dia depois do contacto com o caso confirmado.

Estas são as alterações confirmadas até à data, mas ainda há dúvidas por esclarecer.

Especialistas reúnem-se no Infarmed para analisar pandemia

As escolas vão reabrir mesmo no dia 10? O período de isolamento pode reduzir ainda mais? Os hospitais são capazes de suportar um eventual crescimento de casos? As respostas serão analisadas esta quarta-feira, 5 de janeiro. Agora com uma nova variante, Ómicron, os especialistas voltam a reunir-se para aconselhar o governo sobre as medidas a tomar. O encontro está a acontecer durante a manhã desta quarta-feira, durando até ao almoço.

Recorde-se de que, desde março de 2020, em Portugal, morreram cerca de 19 mil pessoas e foram contabilizados 1.460.406 casos de COVID-19.