Guilli, 14 anos, viajou para São Paulo numa visita de estudo preparada pela escola, na passada terça-feira, 20 de setembro. O estudante do Rio de Janeiro fazia parte de um grupo de 40 alunos, entre os 13 e os 14 anos, que foram até São Paulo numa excursão da escola para conhecerem os parques e museus da cidade. Só que à noite, no hotel, o excesso de barulho no corredor levou a que um hóspede perdesse a cabeça e agredisse Giulli à estalada e chinelada. O homem, sabe-se agora, é um médico brasileiro. 

“Ele agarrou-me pelo pescoço, estava com a camisa e atirou-me contra a parede e eu gritei: ‘Não fiz nada. Eu não fiz nada’. E ele começou a bater-me e dar-me um monte de estaladas na cara e eu agachando-me assim”, relatou o adolescente, que subiu até ao décimo andar para ir ter com os colegas, quando o médico saiu do quarto num ataque de fúria. 

Numa entrevista ao programa Fantástico, o agressor admitiu que perdeu a cabeça quando ouviu "barulho no corredor”. Já o adolescente disse que estava apenas a brincar e a rir com os colegas. Veja o vídeo aqui

Lucas Rolim Valoni, de 27 anos, é um médico estagiário especialista em cirurgia geral. De Curitiba, Paraná, o médico estava, desde setembro, a morar no hotel em São Paulo. A direção do hospital declarou que as atitudes violentas “dessa natureza são incompatíveis com os valores praticados no hospital”. 

O hotel de São Paulo, Travel Inn Ibirapuera, afirmou que tomou todas as providências para acolher e proteger o estudante agredido, bem como a secretaria do hotel que informou que o caso está a ser investigado pela violência física. 

Já o advogado do agressor declarou que o médico está arrependido com o ocorrido e que brevemente vem a público expressar o seu pedido de desculpas.