A explosão desta terça-feira, 4 de agosto, em Beirute, capital do Líbano, deixou uma enorme cratera, de 43 metros de profundidade, no porto onde tudo aconteceu. A informação, de acordo com o "Notícias ao Minuto", foi avançada por uma fonte, citada pela AFP. Pelas redes sociais, têm sido partilhadas algumas imagens do atual estado do porto de Beirute.

A cratera resulta do forte impacto da explosão que, de acordo com o American Institute of Geophysics (USGS), com sede na Virgínia, foi registada como um terramoto de 3,3 na escala Richter.

O acidente que causou mais de 150 mortos, 6 mil feridos e dezenas de desaparecidos, ocorreu num armazém onde, segundo o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, estavam 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas durante seis anos "sem medidas cautelares".

Conforme já foi apurado, essa carga destinava-se à Fábrica de Explosivos de Moçambique (FEM), que confirmou ter feito uma encomenda em 2013 à empresa Savaro, da Geórgia, de acordo com o jornal "Observador", que cita a informação dada por uma fonte da firma moçambicana à agência Lusa. O porto da Beira, em Moçambique, era o local de descarga previsto e a fonte da firma moçambicana acrescenta ainda que a carga “nunca foi entregue”, uma vez que o navio ficou retido em Beirute por ordem das autoridades locais.

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Vários países já ofereceram apoio à região fragilizada, depois de terem sido destruídos bairros inteiros que deixaram pessoas desalojadas e os hospitais não conseguirem responder aos milhares de feridos da explosão. França foi um dos países que chegou a enviar forças de segurança, equipas de busca e ajuda médica, e disponibilizou-se ainda para ajudar nas investigações sobre o que aconteceu.

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Perante o caos que se instalou na capital do Líbano e que exigia uma eficaz resposta do Governo, milhares de manifestantes libaneses saíram à rua para mostrar indignação sobre a classe política, acusada de corrupção, incompetência e negligência após a explosão. Dessa manifestação resultaram, segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 feridos em confrontos entre a polícia e os manifestantes, 28 das quais tiveram de ser transportadas para o hospital.