A modelo brasileira Emmily Rodrigues, 26 anos, vivia e trabalhava há cinco anos em Buenos Aires, na Argentina. A 31 de março, caiu do sexto andar de um prédio de luxo, e o caso que inicialmente se pensava tratar-se de um surto psicótico que resultou num suicídio, acabou por dar uma reviravolta. O dono do apartamento e empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, foi detido, e a médica Juliana Magalhães Mourão, amiga da modelo que também estaria no apartamento, está a ser investigada.

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Quase duas semanas após a morte, o caso continua a ser analisado, sendo dado agora como um feminicídio, dado que amigos e familiares da vítima não acreditam na versão de que o caso se trataria de um suicídio, salientando que a jovem tinha vários planos para o futuro.

"Nunca identificámos características de problemas psicológicos, psicóticos, nada a ver. Essa não é a Emmily que eles estão querendo exibir, muito pelo contrário. Ela [era] uma pessoa feliz, com objetivos, com sonhos", relatou o pai da jovem à "Record TV".

De acordo com o "Metrópoles", a polícia foi acionada pelo empresário, ouvindo-se gritos da mulher no fundo na chamada. O homem, que se encontra detido, já prestou depoimentos, e afirma que Emmily teve um surto psicótico após a ingestão de bebidas alcoólicas, e que depois se atirou da varanda do prédio. No apartamento estava também Juliana, que terá apresentado os dois, e que confirmou a versão do homem.

Também vários moradores da zona contactaram a polícia ao ouvirem os gritos. Já depois da queda, uma das residentes contou à polícia que uma mulher tinha caído do sexto andar, e que ainda estaria viva. Quando chegaram ao local, as autoridades encontraram Emmily nua, e a jovem acabou por morrer a caminho do hospital.

Apesar de os resultados da autópsia ainda não terem sido divulgados, o advogado contratado pela família da modelo, Ignacio Trimarco, afirma que a mulher apresentava lesões no corpo, possíveis indicadores de que teria sido pressionada contra as grades da varanda, antes da queda.

"Essa lesão tem uma característica: tem rastros de arrasto. Isso não foi provocado pela queda", afirmou o advogado, nota o "SCC10", que informou também que "dentro do apartamento, foram encontrados preservativos usados que serão analisados para saber se houve abuso sexual".

Devido ao processo de investigação, o corpo de Emmily, que os familiares pretendem que seja sepultado no Brasil, ainda se encontra na Argentina, sem data de previsão para o entregar à família, noticia o "Globo".