Realizou-se esta terça-feira, 29 de março, um serviço religioso em memória de príncipe Filipe, duque de Edimburgo, que morreu a 9 de abril de 2021. Quase a fazer um ano desde a morte, o duque é recordado numa cerimónia com quase toda a família. A rainha Isabel II não falhou o evento, presença especial pelo facto de não aparecer em público há cinco meses. Foi também a primeira vez que o príncipe André foi visto em público desde que finalizou o caso de alegado abuso sexual a Virginia Giuffre, com quem chegou a acordo.
O serviço a propósito do serviço de Ação de Graças estava marcado para as 11h30 e decorreu na abadia de Westminster, em Londres. Um dos primeiros a chegar foi o primeiro-ministro, Boris Johnson, por volta das 11h, e minutos depois chegaram membros da família real, incluindo a princesa Anne, assim como as princesas Beatrice e Eugenie (netas do duque de Edimburgo), acompanhadas dos maridos.
Enquanto a presença mais esperada não chegava, a rainha Isabel II, foram entrando na abadia o príncipe Carlos, bem como William e Kate, duques de Cambridge, de mãos dadas com os filhos, George e Charlotte. Ficou a faltar a presença do príncipe Harry e de Meghan Markle.
A rainha Isabel II apareceu já por volta das 11:34, minutos depois da hora marcada.
Rainha aparece publicamente pela primeira vez em cinco meses
Depois de ter estado infetada com COVID-19, foi a primeira vez em cinco meses que a rainha Isabel II, com 95 anos, apareceu publicamente. O serviço religioso em memória do marido da monarca, com quem esteve casada 73 anos, fê-la sair do Castelo de Windsor em direção a Londres e surgiu aparentemente saudável, acompanhada do segundo filho, o príncipe André.
Apoiada de uma bengala do lado direito e do braço do filho do lado esquerdo, a rainha entrou pelas traseiras, na entrada oeste da abadia, para percorrer um menor percurso até ao seu assento. Ficou sentada ao lado de Carlos e Camilla, assim como da princesa Anne e marido, o vice-almirante Sir Tim Laurence, situados na mesma linha de assentos junto ao altar da abadia de Westminster.
Deu-se assim início ao serviço com ativo contributo da monarca de 95 anos.
Segundo o Palácio de Buckingham, a cerimónia cumpriu com muitos dos desejos da rainha, que apenas terá decidido comparecer esta manhã, de acordo com o "The Sun".
O serviço teve a duração de apenas 45 minutos e durante este período a rainha esteve sentada numa cadeira almofadada, a partir da qual ouviu as homenagens ao marido enquanto vergava um conjunto verde escuro, provavelmente uma homenagem ao duque de Edimburgo dado que esta era a cor do uniforme que usava, descreve a Sky News.
Isabell II mostra-se emocionada
O "The Sun" e o "The Mirror" descrevem que a rainha Isabel II não conteve as lágrimas durante a cerimónia, tal como é visível numas das fotografias partilhadas no Twitter.
No fim do serviço, a rainha Isabel II saiu novamente acompanhada pelo príncipe André, mas a meio do percurso para fora da abadia em Londres parou para uma breve troca de palavras com Doyin Sonibare, que recebeu o prémio Duke of Edinburgh's Award e discursou esta terça-feira em homenagem ao duque.
O objetivo do serviço era fazer um agradecimento à "contribuição do duque de Edimburgo para a vida pública e pelo apoio firme às mais de 700 organizações de caridade com as quais a Sua Alteza Real esteve associado ao longo de sua vida" e ao mesmo tempo homenagear aqueles que "continuam seu trabalho", pode ler-se num comunicado do Palácio de Buckingham.
O funeral do príncipe Filipe realizou-se a 17 de abril e foi uma cerimónia simples e limitada a 30 convidados devido à pandemia da COVID-19. O corpo foi sepultado na capela de São Jorge, em Windsor.