Na madrugada deste sábado, 30 de outubro, a residência oficial do cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, no Brasil, foi invadida. Luís Gaspar da Silva e os seus familiares foram feitos reféns, segundo conta uma fonte diplomática à agência Lusa, citada pelo jornal "Observador".

Tratou-se de um assalto por parte de um grupo de assaltantes que, apesar de armados, não sabiam que aquele edifício dizia respeito ao Consulado, segundo terão comunicado várias testemunhas aos agentes da autoridade que estiveram no local. Luís Gaspar da Silva e a sua família foram surpreendidos pelos assaltantes que, após o momento da invasão, mantiveram a família refém numa das divisões do edifício enquanto eram roubados objetos de valor.

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Do incidente não resultaram quaisquer feridos. "Estão, fisicamente, bem, obviamente traumatizados, como todos estaríamos, mas estão bem. Está tudo bem com a família do cônsul e não há o que reportar, quer com a família do cônsul, quer com os funcionários", diz João Marco de Deus, vice-cônsul, à mesma publicação.

Durante o assalto, garantiu ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, "não houve nem exercício de violência, nem feridos, mas foram furtados vários bens pessoais do embaixador".

Ainda que, nesta fase, se conheçam poucos detalhes sobre o que aconteceu, Flávio Martins, presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e residente no Rio de Janeiro, sabe que o grupo de assaltantes terá conseguido imobilizar os seguranças — o que lhes permitiu entrar na residência.

"Ficaram ali horas, à procura de objetos valiosos que pudessem levar. Prenderam o cônsul e a família num quarto durante algum tempo, havendo, portanto, uma situação de tortura psicológica", diz à Lusa, citada pelo mesmo jornal.

As autoridades brasileiras estão a investigar o caso.