Camila Roxana Martinez Mendoza, uma criança mexicana de 3 anos, foi declarada morta no hospital Comunitário Salinas de Hidalgo, no estado de San Luis Potosi, no centro do México, a 17 de agosto. No entanto, o diagnóstico feito pelos médicos estava errado e a criança acabou por acordar no próprio funeral.

Quando, a 16 de agosto, Camila começou a sentir dores de estômago, vómitos e febre, a mãe, Mary Jane Mendoza, levou-a a uma unidade de saúde local em Villa de Ramos. A criança não melhorou e em menos de 12 horas Mary Jane Mendoza voltou a procurar ajuda junto do hospital no centro do México.

"Eles queriam ligá-la a um tratamento intravenoso. Demoraram muito a ligá-la ao oxigénio. Não conseguiam porque não encontravam as veias, mas finalmente uma enfermeira conseguiu", relata a mãe, citada pelo "Unilad". Apesar de o tratamento ter avançado, a criança viria a ser declarada morta na noite de 17 de agosto por desidratação grave, diarreia aguda e choque hemorrágico (perda significativa de sangue ou fluidos).

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No dia seguinte, a 18 de agosto, realizou-se o velório e foi então que algo inédito aconteceu. A família começou a notar que o vidro do caixão estava embaciado e acharam estranho. Houve quem alegasse que era uma alucinação e o caixão não foi aberto de imediato, mas os relatos continuaram e os familiares e presentes viram a menina a mexer os olhos.

Uma enfermeira foi chamada para analisar a situação e foi então que confirmou que a criança de 3 anos apresentava sinais vitais, tendo sido de imediato levada para o hospital. No entanto, depois de horas fechada no caixão, a criança não resistiu e voltou a ser declarado o óbito de Camila Roxana Martinez Mendoza pelas 18 horas do mesmo dia. Desta vez por morte cerebral, insuficiência metabólica e desidratação.

“Dizem que ela teve morte cerebral. Ficou várias horas na caixa. Mas é culpa do médico que a deu como morta”, afirmou Mary Jane, segundo o mexicano "SinEmbargo MX".

A família pede agora justiça pela morte da criança e foi entretanto já aberta uma investigação, como confirmado pelo Procurador Geral do Estado, José Luis Ruiz, para perceber as circunstâncias deste erro inédito. Sabe-se ainda que foi realizada uma autópsia à criança de 3 anos.

Situações semelhantes já tinham acontecido com outras duas crianças no México, que foram erradamente dadas como mortas e as mães acusam o hospital de negligência médica, relata o canal de notícias mexicano Milenio Televisión.