O julgamento de Donald Trump está marcado para 8 de fevereiro, depois de democratas e republicanos terem concordado em adiar o arranque do processo, uma vez que o ex-presidente dos EUA ainda não tinha contratado uma equipa de advogados para o efeito. A data foi oficializada esta sexta-feira, 22 de janeiro, com o aval de Chuch Schumer e Mitch McConnell, líderes da maioria democrata e republicana no Senado, respetivamente.

No entanto, a entrega da resolução da destituição, aprovada na Câmara dos Representantes com 232 votos a favor e 197 contra, acontecerá já na próxima segunda-feira, 25. O compasso de espera de duas semanas, sabe-se, convém aos republicanos já que têm a esperança de que, com a contratação de uma equipa de advogados para o processo, Trump possa, de alguma forma, aligeirar o legado de destruição e intolerância que deixou a sua presidência.

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Mas também os democratas veem com bons olhos este adiamento, segundo revelou Chuck Schumer ao "The New York Times". "Este compasso de espera vai permitir ao Senado tratar de outros assuntos de interesse para o povo americano, como a nomeação de posições no governo e a aprovação de novas leis de combate à COVID-19."

Espera-se que o início do julgamento seja marcado por um enorme interesse mediático, já que é a primeira vez que um presidente americano é alvo de dois processos de destituição. Trump estreia-se também enquanto pessoa julgada após o término do seu mandato, facto nunca antes observado na história dos EUA.

O julgamento surge depois da invasão de apoiantes de Trump ao Capitólio, a 6 de janeiro. Nunca a democracia nos EUA tinha sido atacada desta forma. Pela primeira vez em toda a história do país, manifestantes atiçados por Donald Trump invadiram o edifício do Capitólio, em Washington, com o objetivo de sabotar a transição de poder para Joe Biden durante a certificação dos votos do Colégio Eleitoral pelo congresso americano. A invasão aconteceu na quarta-feira, 6 de janeiro, pouco depois das 18 horas, hora de Portugal.

Momentos antes, Donald Trump discursara para os seus apoiantes com passagens inflamadas que terão servido como catalisador para o que se seguiu.

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"Depois disto [do discurso], vamos caminhar até ao Capitólio para aplaudir os senadores corajosos. E provavelmente não aplaudiremos alguns deles. Porque nunca conseguiremos conquistar de novo o nosso país com fraqueza. Temos de mostrar força e temos de ser fortes. Nunca vamos desistir. Nunca se desiste quando há roubo envolvido [referindo-se às alegações, infundadas, de fraude nas eleições]", disse.

Em pouco tempo, os manifestantes invadiram o Capitólio, com a conivência de alguns agentes das autoridades, que facilitaram o acesso. Dentro do capitólio, congressistas, senadores e todo o pessoal profissional refugiaram-se nos seus gabinetes até serem conduzidos para o exterior do Capitólio por indicação da polícia, que recomendou o uso de máscaras antigás já que as autoridades usaram granadas de gás para dispersar os manifestantes.

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