Zaza não é um peluche, é um cão bem real, cujo dono lhe tingiu o pelo para ficar parecido com o Pikachu, o animal de estimação que acompanha Ash, o protagonista de "Pokémon". Depois de Erik Torres aparecer com o cão em público, as imagens tornaram-se virais e começaram a chover críticas. O homem, que até é dono de uma loja de animais, acabou por ter de pagar uma multa.

Zaza foi levado pelo dono a um jogo de NBA, nos Estados Unidos, terça-feira, 27 de dezembro. Como é um cão que dificilmente passa despercebido, toda a gente começou a reparar. E não tardou até que houvesse imagens a circular nas redes sociais.

Depois, vieram as críticas, motivadas pelo quão prejudicial esta prática é para os animais. Isto porque "os trabalhos de pintura do pelo dos cães pode causar uma reação alérgica grave ou stressá-los", "gerar queimaduras ou ser fatalmente envenenados pelas toxinas", segundo o site da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), uma organização não governamental que se foca no bem-estar animal.

Erik Torres esteve debaixo de fogo nas redes sociais, tendo chegado até a ser multado em 200 dólares (cerca de 186 euros) por violar uma portaria do condado de Miami-Dade, nos Estados Unidos. Este documento deixava explícito que era ilegal possuir qualquer animal com pelo pintado.

No entanto, o dono de Zaza afirmou que não tingiu o pelo do animal sozinho – enviou o cão para a Califórnia, onde lhe fizeram a mudança radical. Isto tudo porque queria fazer uma surpresa à filha, que é uma grande fã do franchise japonês "Pokémon", segundo o "Daily Mail".

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O homem alegou ainda que usou uma tinta segura para cães e cavalos, acrescentando que não fazia ideia da ilegalidade da situação. "Eu fiz o meu trabalho de pesquisa, mas sabia que de forma alguma isto iria afetar o meu cão", explicou Erik Torres, citado pelo jornal britânico.

E ainda que tenha ficado surpreendido com a reação das pessoas e com o facto de esta prática ser ilegal, o homem continua a não querer mudar de ideias. "Vivemos num país livre", continuou, acrescentando que a cor do pelo do animal deverá desaparecer em seis meses.

O mais irónico é que o homem é responsável por uma loja de animais, a World Famous Puppies, em Doral, na Flórida. O estabelecimento abriu portas em 2021 e, desde então, já registou 16 queixas dos órgãos do condado que regem a segurança animal, muitas dela decorrentes de reclamações de clientes, que alegam a venda de cães doentes.