Dumbo não é o seu nome verdadeiro, mas foi o nome por que ficou conhecido o elefante que é obrigado a dançar três vezes por dia para os turistas que visitam o jardim zoológico de Phuket, na Tailândia. As imagens foram gravadas ilegalmente por vários investigadores e publicadas online.
Segundo noticiou o jornal britânico "Independent" esta segunda-feira, 8 de abril, o animal bebé é obrigado a juntar-se a outros dois elefantes adultos para danças ao som de música muito alta. Os turistas aplaudem e gritam, contribuindo para o stresse dos animais que têm de mexer as patas e abanar a cabeça tal como lhes foi ensinado.
Os investigadores, que se infiltraram no jardim zoológico com o objetivo de obterem as imagens, revelaram que os treinadores utilizam ganchos para raspar na pele dos animais. O objetivo é relembrá-los de que, caso não respeitem as ordens para dançar, podem ser agredidos com materiais afiados e cortantes.
A mesma publicação escreve que as imagens são cruéis na medida em que mostram o estado psicológico dos animais que se veem obrigados a situações desumanas.
"As imagens dos bastidores revelam o animal bebé acorrentado e a chuchar constantemente na sua tromba quando não está a atuar. Isto é um sinal evidente de stresse e de ansiedade, decorrente das participações neste tipo de espetáculos."
"Assistimos à forma como os turistas riram e tiraram selfies. Tudo isto enquanto o elefante bebé permaneceu imóvel, com os olhos fechados e a chuchar na tromba. A vida cruel que terá de aguentar é de partir o coração", revelou um dos investigadores ao jornal britânico.
Além das agressões físicas e psicológicas de que são alvos, os investigadores desconfiam que os animais estarão subnutridos há vários meses.
A Moving Animals, uma associação de proteção dos direitos dos animais, já lançou uma petição online para que Dumbo seja salvo e transportado para um santuário. Das 100 mil assinaturas pretendidas, cerca de 40 mil pessoas já demonstraram o seu apoio.