Sanitas há muitas, com todos os géneros e feitios, havendo algumas que até já piscam o olho à inovação tecnológica. Mas aquela que detém o título de mais antiga do mundo é só uma – e foi encontrada por um grupo de arqueólogos, na China. Estima-se que esta sanita tenha cerca de 2.400 anos, avança a "CNN".

Por baixo das ruínas de um palácio em Yueyang, na China, lá estava ela. Um pouco destruída, sim, mas suficientemente composta para que os arqueólogos chegassem a algumas conclusões em relação ao quão avançada já era para a altura. Isto porque tudo indica que esta sanita primitiva remonte à época dos Estados Combatentes (424 a.C.) ou à dinastia Chin, que aconteceu entre os anos 221 a 206 a.C..

Descrita pelos profissionais como um "objeto de luxo", acredita-se que estivesse localizada dentro do palácio, com um cano que levava a um fosso a céu aberto. E, segundo Liu Rui, investigador do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que fazia parte da equipa de escavação, a sanita era, provavelmente, exclusiva aos oficiais de alto escalão – mas os servos é que ficavam encarregados de despejar um balde de água, como se de um autoclismo manual se tratassem, segundo a mesma publicação.

Tem mesmo de passar a fechar a tampa da sanita antes de puxar o autoclismo (a razão é nojenta)
Tem mesmo de passar a fechar a tampa da sanita antes de puxar o autoclismo (a razão é nojenta)
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"Esta sanita com sistema de descarga é uma prova concreta da importância que os chineses antigos atribuíam ao saneamento", continuou o especialista, acrescentando que há muito poucos registos de dispositivos com estas características. Até porque, de acordo com a British Association of Urological Surgeons, pensava-se que as sanitas deste género tinham sido inventadas no século XVI por John Harington, de propósito para que a rainha Isabel I as pudesse utilizar.

Esta descoberta, além de ter mudado aquilo que (se pensava que) se sabia sobre as sanitas, foi importante para perceber também os hábitos das pessoas da época. Por isso é que os arqueólogos também aproveitaram o episódio para analisar amostras do solo daquele local, na esperança de descobrirem com mais detalhe o que é que se comia naquela época.

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