Depois dos ataques de El Paso e Dayton, nos Estados Unidos, no fim de semana de 3 e 4 de agosto, um funcionário da Walmart — espaço comercial onde ocorreu o primeiro massacre —, pediu aos colegas da rede de lojas para entrarem em greve esta terça-feira, 6, de forma a pressionar a casa-mãe a deixar de vender armas.

Após os crimes, que causaram 31 vítimas mortais no total, o norte-americano Thomas Marshall, funcionário do departamento de comércio online da Wallmart, enviou um email geral para as centenas de colaboradores deste departamento em específico a defender a greve.

"À luz dos acontecimentos mais recentes, e em resposta à falta de ação por parte da companhia, estamos a organizar uma greve por 'doença' em protesto pelos lucros da Walmart resultantes da venda de armas", escreveu Thomas Marshall no email, que pode ser lido na íntegra neste artigo da "Insider".

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O norte-americano continuou a mensagem, explicando que a Walmart "sempre colocou os seus funcionários e clientes em primeiro lugar", mas continua a ser uma das empresas que vende mais armas nos Estados Unidos. "Como funcionários, temos o poder e a oportunidade de mudar esta corporação para melhor", acrescentou Thomas Marshall, apelando à greve de 6 de agosto.

Ao site "Business Insider", a 5 de agosto, Thomas Marshall confirmou o envio do email e explicou ainda não ter números definitivos de adesão à greve: "Não sei quantas pessoas estão a pensar fazer greve o dia todo ou sair do trabalho a meio do dia, mas já recebi várias mensagens de apoio".

No entanto, depois dos ataques, a Walmart já fez saber que não prevê mudanças na sua política em relação à venda de armas de fogo e munições.

Para já ainda não há informação dos números de adesão à greve.