Julia Faustyna, a jovem polaca de 21 anos que acredita ser Madeleine McCann revelou que já falou com a avó paterna e com os pais e que estes se recusam a fazer o teste de ADN, mas continuam a afirmar que são a família de Julia. “A minha mãe não o quer provar, é um pouco suspeito”.
Neste momento Julia vive com o namorado em Lubin e aguarda pela realização dos testes de ADN. A jovem polaca explica que gostava de manter contacto com as duas famílias e que só quer saber a verdade. “Quero descobrir quem sou”, diz Julia ao "Correio da Manhã".
Francisco Marco, ex-diretor da agência de detetives Método 3, investigou durante bastante tempo o caso do desaparecimento de Maddie McCann e manifestou-se sobre a hipótese colocada por Julia. Adiantou que tinha feito uma investigação biométrica em prol do caso e que fez uma comparação entre esse estudo e as fotografias de Julia Faustyna. Concluiu que as características não correspondem, avançou o "La Vanguardia".
Para além das parecenças físicas apontadas por Julia nas redes sociais, como a mancha no olho e outra na cara, a jovem disse ao "Correio da Manhã" não ter qualquer fotografia em criança e não haver justificação para isso. “Não tenho uma única fotografia de criança, mas há várias da minha irmã. Já perguntei à minha mãe porquê, mas ninguém me responde”, disse. Apesar destas declarações, a jovem tem publicado na conta de Instagram que criou para divulgar a sua tese algumas fotos em criança em que se compara a Maddie.
A família que criou Julia não aprova o comportamento que tem tido e a forma como está a abordar a situação. Numa live de Instagram a jovem desatou a chorar e confessou que a família diz que ela “não é normal” por dar “esperanças aos McCann”. Revelou então que a família quer cortar relações por acharem que é “uma pessoa horrível” e que até o namorado a quer deixar por causa deste caso.
Julia diz ter falado com um membro da família McCann e que vai ter a possibilidade de falar com os pais de Maddie. Uma fonte próxima da família McCann contou ao “Daily Star” que “é importante que olhem para todos os fatores, a rapariga tem um aspecto semelhante. Não há como contestar isso. Se o que ela diz é verdade, há todas as hipóteses de ser ela”. Contudo, não há qualquer indício oficial de que a investigação esteja efetivamente a decorrer nem que a família McCann tenha dado passos nessa direção.
Maddie McCann tinha 3 anos quando desapareceu em 2007 na Praia da Luz, no Algarve. “Tenho uma memória nítida de umas férias num país quente. Não me lembro de quem estava comigo, mas recordo-me das casas brancas perto da praia”, disse ao "Correio da Manhã". Ainda que as contas não batam certo porque se Julia fosse Maddie teria de ter 19 anos e não 21, a jovem diz que não é impossível, uma vez que sempre pareceu mais nova.
Julia Faustyna diz ter sido vítima de abusos sexuais por volta dos 8 anos e que o predador tem parecenças com um dos retratos-robô de um dos suspeitos de ter raptado Madeleine. Recorde-se que Christian Brueckner foi detido pela polícia alemã por ser o principal suspeito do rapto e suposta morte da menina.
Uma associação anunciou que vai entregar um abaixo-assinado com 100 mil assinaturas no Parlamento britânico com o objetivo de garantir que o casal McCann seja obrigado a comparar o perfil genético com o de Julia.