Jussie Smollett, ator mais conhecido pela sua participação na série "Empire", mantém que não encenou um falso ataque racista e homofóbico em 2019. O caso está atualmente a ser julgado, e o artista norte-americano reforçou a sua inocência. "Não foi uma farsa", assumiu Jussie Smollett, referindo-se aos alegados acontecimentos de há dois anos, em Chicago, Estados Unidos, salienta a Lusa, tal como escreve o "Observador".
O ator é acusado em tribunal de ter planeado o ataque de 29 de janeiro de 2019, pagando cerca de três mil euros (3.500 dólares) a dois irmãos de origem nigeriana. Durante o julgamento de Smollett, que começou na segunda-feira, 29 de novembro, os advogados do norte-americano de 39 anos salientaram que este foi agredido por dois homens motivados por dinheiro, um dos quais homofóbico, salienta a mesma publicação. Já o Procurador-Geral referiu que o ator queria avançar na carreira, tendo criticado os estúdios de produção de "Empire" por não reagirem após ter recebido uma carta com ameaças.
Durante o seu depoimento, Jussie Smollett explicou que a quantia de dinheiro era referente um programa de treino e nutrição elaborado por um dos irmãos, que havia tentado ser contratado como guarda-costas após a carta de ameaças, sem sucesso.
Já os alegados cúmplices da farsa, os irmãos Abimbola e Olabinjo Osundairo, reforçam que foram pagos para encenar o falso ataque. Ouvido em tribunal na semana passada, Abimbola Osundairo recorda que o ator "falava dos estúdios que não levavam a sério a carta de ameaças".
"Ele [Jussie Smollett] disse-me que queria que eu lhe batesse, e que deveria bater, mas não com muita força", pode ler-se no Observador. O nigeriano acrescentou ainda que concordou com a alegada farsa porque se sentia em dívida para com Smollett, depois de este ter intercedido por Abimbola para que conseguisse um pequeno papel em "Empire".
Já o irmão, Olabinjo Osundairo, referiu que o ator os informou em detalhe dos planos da alegada farsa, dando instruções específicas sobre os insultos proferidos.