Desde domingo passado, 18 de junho, que o submersível Titan, que tinha como missão visitar os destroços do Titanic, está desaparecido no oceano Atlântico. A bordo estão cinco pessoas e Mário Ferreira, presidente da Media Capital, grupo que detém a TVI, poderia ser uma delas se não tivesse decidido cancelar a sua reserva.
De acordo com a CNN Portugal, o empresário português mudou de ideias em abril quanto a realizar a viagem para explorar o que ainda resta do navio Titanic. Depois de ter conhecido Hamish Harding, um empresário de sucesso no ramo da aviação, quando realizou uma viagem ao espaço, em agosto do ano passado, este homem desafiou Mário Ferreira a embarcar também numa excursão ao Titanic.
“Conhecemo-nos no grupo de astronautas da Blue Origin e ele desafiou-me para uma missão ao Titanic. Mas achei que não devia ir e acabei por não ir”, contou o empresário português, referindo que tinha um lugar reservado no submarino, mas a dois meses de iniciar a viagem decidiu cancelar a sua ida.
Contudo, Hamish Harding, dono da Action Aviation, uma empresa de venda de jatos privados, manteve a sua reversa e é uma das cinco pessoas que está a bordo do submersível Titan, que está a ser procurado pelas autoridades dos Estados Unidos e do Canadá.
Para além deste homem de 58 anos, Shahzada Dawood e o filho Suleman, que pertencem a “uma das famílias mais respeitadas do Paquistão”, segundo aponta a SIC Notícias, estão também entre os cinco desaparecidos desta excursão.
Paul-Henry Nargeolet, um ex-comandante que serviu a Marinha francesa durante 25 anos, e que foi líder da primeira expedição de recuperação do Titanic, é também um dos ocupantes deste submersível, juntamente com Stockton Rush, o dono e fundador da OceanGate Expeditions, a empresa que organizou esta excursão.
Operação de resgate do submarino continua numa luta contra o tempo
Durante esta noite de quarta-feira, 21 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que tinham sido detetados sons subaquáticos durante as operações de busca pelo submersível.
As autoridades norte-americanas, para além do envio de navios e aviões, disponibilizaram um robô subaquático para realizar buscas nas imediações do navio Titanic. Também a França anunciou que enviou um navio, que vem equipado com um outro robô subaquático, que tem a capacidade de mergulhar até a uma profundidade de cerca de 4 mil metros para ajudar na operação de resgate.
David Pogue, jornalista da CBS News, que realizou a mesma viagem no ano passado, revelou que este submersível apresenta dois sistemas de comunicação. Contudo, uma hora e 45 minutos depois do Titan ter submergido, esses sistemas deixaram de funcionar.
“Isto significa uma de duas coisas: ou eles perderam toda a energia ou o submersível abriu uma brecha no casco e implodiu instantaneamente. Ambas as hipóteses são devastadoras”, referiu David Pogue.
David Concannon, conselheiro da empresa proprietária do submarino, apontou que o Titan apresentava uma reserva de oxigénio de 96 horas quando iniciou a viagem no domingo passado, o que significa que as guardas costeiras dos EUA e do Canadá estão a enfrentar uma operação contrarrelógio para encontrar o submersível antes do fim do oxigénio, que se prevê acabar durante a manhã de quinta-feira, 22.