O caso aconteceu em 2020, em plena pandemia, e chega agora a um final, com a condenação de Kyle Bevan, 31 anos, e Sinead James, 3o. O casal foi condenado pela morte de Lola James, de apenas 2 anos. A condenação foi lida esta terça-feira, 4 de abril, no tribunal de Swansea, no País de Gales. Kyle foi condenado por homicídio da criança da qual era padrasto e Sinead foi considerada culpada por causar ou permitir a morte da menina. A sentença será conhecida a 25 de abril.

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De acordo com a Sky News, a menina sofreu lesões cerebrais significativas, tendo sido detetadas 101 lesões no corpo. O padrasto de Lola argumentou em tribunal que a criança tinha caído pelas escadas abaixo depois de o cão a ter empurrado. Já a mãe disse que o companheiro era "um monstro" e que se o tivesse expulsado de casa a filha "ainda estaria viva".

Segundo o relato apresentado em tribunal, o padrasto da menina acordou a companheira no dia 17 de julho, dizendo-lhe que Lola tinha caído nas escadas. Sinead diz que a filha tinha "a cabeça e os lábios inchados" e que Kyle lhe havia dito que o cão tinha empurrado a criança. Mas os investigadores do caso encontraram a casa de banho imaculada, apesar de o resto da casa estar suja, além de terem detetado resto de vómito e uma peça de roupa manchada com sangue. Lola James morreria quatro dias depois no Noah’s Ark Children’s Hospital, em Cardiff, no País de Gales, na sequência dos graves ferimentos infligidos pelo padrasto.

O "Daily Mail" revela que Sinead conheceu o homem através do Facebook em fevereiro de 2020 e que, quatro meses depois, este se mudou para sua casa, situada num bairro social. Devido às restrições impostas pela COVID-19, os serviços sociais não efetuaram quaisquer visitas à casa onde Lola vivia com a mãe, ela própria vítima de violência doméstica em criança. Os últimos meses de vida da menina de 2 anos foram marcados por constantes agressões por parte do padrasto e de total negligência por parte da mãe. Mesmo na noite em que foi barbaramente agredida, Sinead demorou mais de quatro horas até chamar os serviços de emergência. 

O pai biológico de Lola, Daniel Thomas, manifestou-se sobre a morte da filha. “A dor e a tristeza que sinto cada vez que fecho os meus olhos e vejo a sua cara perfeita é insuportável. Peço desculpa que a tua curta vida tenha sido cheia de tanta dor”, disse.