O mundo parou quando a 15 de abril deflagrou um incêndio que devastou a catedral de Notre-Dame, em Paris.. Não causou mortes mas muito do património daquele edifício histórico ficou perdido. A reconstrução já está em curso e o presidente francês, Emmanuel Macron, espera que a obra termine em cinco anos.

Este sábado, 15 de junho, realizou-se a primeira missa na catedral francesa, precisamente dois meses depois da catástrofe que assolou a obra de estilo gótico. Ainda esta semana, o ministro da Cultura francês, Franck Riester, disse que o edifício está num estado "frágil". Então, por questões de segurança, a cerimónia decorreu numa capela considerada segura pelos especialistas em construção e foi um pouco fora do normal.

Mortes, violações, comunicações cortadas. O que se passa no Sudão?
Mortes, violações, comunicações cortadas. O que se passa no Sudão?
Ver artigo

De acordo com a revista "Time", na missa estiveram apenas por 30 pessoas, entre elas alguns funcionários que fazem parte da equipa de reconstrução da Notre-Dame. O arcebispo que conduziu a cerimónia, bem como os restantes padres que o acompanhavam, usaram capacetes de segurança.

Em declarações à Associeted Press, citada pela revista, o padre Pierre Vivares, afirmou que a reconstrução da catedral vai demorar, mas que a missa foi uma pequena vitória. "Vamos reconstruir esta catedral. Vai levar tempo, é claro — muito dinheiro, muito tempo, muito trabalho —, mas teremos sucesso. Hoje [sábado] é uma pequena, mas uma verdadeira vitória contra o desastre que tivemos."

Quem não pôde estar presente na missa, pôde assistir em direto através de um canal de televisão católico. Na transmissão da cerimónia, no canal KTO, é possível ouvir o arcebispo Michel Aupetit falar sobre a presença de turistas na Notre-Dame e a dizer que a catedral se trata de um local "de culto e que é o seu próprio e único propósito".

Ainda não existe data prevista para a abertura das portas da catedral de Notre-Dame ao público.