Esta segunda-feira, 7 de março, marca o 12.º dia de guerra na Ucrânia, desde que a Rússia invadiu o país vizinho a 24 de fevereiro. Nas últimas horas, foram divulgados dados que dão conta de mais oito mortes na cidade de Kharkiv e mais nove mortos em resultado de um ataque aéreo num aeroporto de Vinnytsia, a cerca de 360 quilómetros da capital, Kiev.

O porquê de a Rússia querer tanto controlar as centrais nucleares da Ucrânia
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Por outro lado, as autoridades ucranianas dizem ter conseguido recuperar o controlo da cidade de Chuhuiv, na região leste do país, escreve o "Observador", que cita um relatório divulgado pelas forças armadas ucranianas. "A cidade de Chuhuiv foi libertada", pode ler-se no mesmo documento, que refere ainda que o lado russo sofreu perdas pesadas a nível de "pessoal e equipamento".

Mantenha-se a par de mais pontos chaves das últimas horas da guerra na Ucrânia.

Rússia anunciou cessar-fogo

Esta segunda-feira, a Rússia anunciou um cessar-fogo — com início às 10h de Moscovo, 7h em Portugal — para permitir a retirada de civis em quatro corredores humanitários da capital, Kiev, bem como das cidades de Mariupol, Kharkiv e Sumy, avança a Interfax, agência noticiosa russa, de acordo com o "Observador". No entanto, a notícia não foi confirmada pelo lado ucraniano.

Para além disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a proposta destes quatro corredores humanitários — com destino à Bielorrússia e à Rússia —, é "completamente imoral" e salientou que cidadãos devem poder sair das suas casas através de outras cidades ucranianas. "O sofrimento das pessoas está a ser usado para criar uma imagem televisiva planeada", acrescentou. "São cidadãos da Ucrânia, devem ter o direito de ser retirados para o território da Ucrânia", escreve também o "Observador".

Rússia pode estar a preparar-se para atacar Kiev

As autoridades militares ucranianas divulgaram que as forças russas preparam-se para atacar Kiev, capital da Ucrânia. Segundo o lado ucraniano, a Rússia "começou a acumular recursos para a invasão" da cidade, dado que várias tropas avançaram de uma série de pontos estratégicos, como a cidade de Irpin, na periferia oeste da capital. Também há tentativas de avanços na periferia lesta de Kiev, através dos distritos de Brovarsky e Boryspil.

Bombardeamentos e ataques aéreos não dão tréguas

A cidade portuária de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, foi alvo de mais bombardeamentos que, de acordo com o presidente da câmara municipal, atingiram edifícios residenciais.

Já em Vinnytsia, um ataque aéreo num aeroporto matou nove pessoas, de acordo com a AFP, e novos bombardeamentos na cidade de Kharkiv mataram mais oito pessoas nas últimas 24 horas. Segundo informações dos serviços de emergência ucranianos, que relataram este ataque, os bombardeamentos atingiram áreas residenciais na parte nordeste da cidade, e destruiriam "completa ou parcialmente" prédios de habitação, edifícios administrativos, instituições médicas e de educação e dormitórios.

Nova ronda de negociações marcada para esta segunda-feira

Representantes da Rússia e da Ucrânia voltam a reunir-se esta segunda-feira, num encontro que deverá ter lugar na Bielorrúsia, a hora ainda não confirmada. No entanto, a Reuters salienta que a delegação russa já partiu em direção ao encontro.

44 refugiados ucranianos chegaram a Braga

Uma iniciativa da Câmara Municipal de Braga, que enviou profissionais e voluntários à Polónia, resultou no acolhimento de 44 refugiados ucranianos na cidade minhota. O grupo, que inclui 23 crianças e três idosos, chegou a Braga durante a madrugada, relatou a Rádio Observador. Muitas destas pessoas têm familiares e amigos em Portugal, mas também vão poder contar com o apoio da autarquia.