Espíritos? Reencarnação? Um mundo mágico por cima das nuvens onde os dias são todos com céu azul e estrelas brilhantes? As considerações à volta daquilo que pode ser ou não a vida depois da morte são amplamente discutidas entre filósofos, e estas questões tendem a ter bastantes pontos de vista e opiniões.
De acordo com o jornal "JOE", Sean Carroll, professor externo do Instituto de Santa Fé e professor de Filosofia Natural da Universidade Johns Hopkins, garante que não acontece grande coisa depois da morte.
Numa palestra em 2012 sobre o assunto no “The Amazing Meeting”, uma conferência anual focada na ciência, no ceticismo e no pensamento crítico, o académico explica, a partir dos 14 minutos de vídeo, que “não há partículas que consigam conter a informação no nosso cérebro depois de morrermos”, e que por isso “não há a possibilidade daquele conhecimento de sabermos quem fomos antes de morrermos continuar depois da reação química que define a vida chegar ao fim”.
O professor, que ao longo do seu discurso faz certas piadas para entreter o público, chegou a comparar a constituição de um ser humano com uma mãe de crianças que jogam futebol, explicando que “o que somos é um conjunto de átomos que obedecem às leis da natureza, não um saco de carne conduzido por uma mancha espiritual, como uma mãe a conduzir um SUV”.
A vida depois da morte, segundo Carroll, não é compatível com as leis da física que são conhecidas, por isso quando deixamos de existir como ser físico e morremos, não há qualquer compreensão material que faça com que consigamos continuar presentes.
O jornal "Lad Bible" acrescenta ainda que o académico acredita que isto não impede ninguém de viver uma vida significativa, mas que as respostas que procuram devem ser “compatíveis com a forma como a realidade funciona”.