Depois das suspeitas que esta segunda-feira, 6 de julho, deixaram a China em alerta, foi confirmado o caso de peste negra na região autónoma da Mongólia Interior. Trata-se de um pastor internado na região de Bayannur, a cerca de 860 quilómetros de Pequim, que se encontra em isolamento forçado e cujo quadro clínico é "estável", avança a BBC. No entanto, já há mais um caso suspeito de infeção, desta vez numa criança de 15 anos.

Apesar da confirmação do caso, ainda não se sabe exatamente em que condições é que o contágio terá acontecido. Segundo as autoridades de saúde chinesas, o alerta de nível três deverá ser mantido até ao final do ano na China de maneira a prevenir e controlar possíveis surtos que possam vir a existir.

Dessa forma, as autoridades de saúde pedem aos cidadãos que sejam mais cautelosos nos seus comportamentos e que não consumam carne de animais que possam ser possíveis pontos de infeção.

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Pede-se especial atenção a marmotas vivas ou mortas, uma vez que este animal poderá estar relacionado com outros dois casos confirmados de peste negra na Mongólia, na semana passada. As marmotas e outros mamíferos pequenos podem carregar pulgas infetadas com bactérias que causam peste bubónica ou pneumónica.

A China pede ainda que a população esteja especialmente atenta a casos de pessoas que apresentam febres altas sem motivo ou que morram de forma repentina e inexplicável. No caso da peste negra, os sintomas podem aparecer num período de até sete dias e, sem tratamento com antibióticos, a taxa de mortalidade situa-se entre os 30 e os 60%.

A peste bubónica foi a doença mais devastadora na história da humanidade de que há registos. De acordo com algumas estimativas, terá matado metade da população europeia no século XIV.