Lembra-se quando as publicações no Instagram apareciam por ordem cronológica? Ou quando não havia reels sugeridos no feed ou mesmo uma secção para eles? No fundo, quando o Instagram não parecia um TikTok? Pois. É para mostrar o descontentamento contra tudo isto que foi lançada uma petição para que a rede social, comprada pelo Facebook em 2021, volte a ser como antes.

"Make Instagram Instagram Again" ("Torne o Instagram Instagram novamente", em português) é o nome da petição criada pela fotógrafa e influenciadora Tati Bruening, com o objetivo de chamar a atenção dos responsáveis pela plataforma, de modo a que esta volte a ter as funcionalidades anteriores, que tornavam o Instagram autêntico.

A petição, lançada a 22 de julho, já tem um total de 276.393 assinaturas, entre elas a das influenciadoras Kim Kardashian e Kylie Jenner. Está divida em pontos relativos ao que Tati e outras pessoas gostavam que mudasse, sendo o primeiro a ordem em que as publicações aparecem no feed.

Anteriormente eram apresentadas por ordem cronológica de publicação por parte das pessoas que seguimos Instagram e agora é feito de forma aleatória, definida pelo algoritmo. "A beleza do Instagram é que ele era instantâneo. Nos primórdios da aplicação, todos estávamos a viver o momento, a ver os nossos melhores momentos em tempo real", pede a fotógrafa.

O segundo ponto tem que ver com as semelhanças com o TikTok, resultado da introdução de ferramentas como os reels, vídeos de 15 segundos, que são a base da plataforma chinesa. Tati sublinha o facto de os reels partilhados no Instagram dizerem respeito a vídeos de TikTok reciclados, pelo que não entende o "que há de inovador e único no conteúdo antigo?".

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A petição que soma assinaturas a cada minuto foca-se ainda no algoritmo e fala como este tem prejudicado os influenciadores na partilha de conteúdos. “Parece-me errado que a mudança do algoritmo afecte os criadores que conseguem o seu sustento através da app e que contribuem para a comunidade. O novo algoritmo força-os a mudar toda a sua direção de conteúdo e estilo de vida para servi-lo”, argumenta.

O diretor executivo da plataforma, Adam Mosseri, já veio entretanto a público falar sobre o assunto, defendendo que as alterações no Instagram são o espelho do que a comunidade quer ver e defende que o gosto das pessoas "está cada vez mais a mudar". "Acredito que os vídeos vão ocupar cada vez mais espaço no Instagram", acrescenta.

A explicação não convenceu os assinantes, principalmente aqueles que trabalham com a plataforma. "Agradecemos a comunicação, mas parece que não está a ouvir as pessoas que usam e adoram a aplicação. Evoluir é diferente de copiar outra plataforma existente. Nós amamos o Instagram pelo que costumava ser e não pelo que se está a tornar", afirmou a modelo Cindy Mello.

Todavia, a petição já está a surtir efeito, uma vez que esta quinta-feira, 28 de julho, o Instagram anunciou que iria recuar nas atualizações, em particular a que estava a ser testada para mudar o acesso aos conteúdos para formato de tela cheia, tal como acontece no TikTok. Os utilizadores ficaram felizes com a notícia avançada pela CNN, em especial Tati, que agradeceu a todas as pessoas que participaram no movimento.

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