O dia começou com novas negociações entre as delegações russa e ucraniana em Istambul, na Turquia, para discutir a paz. Acordo esse que, para o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, beneficia ambos os "países e os outros".

Antes da reunião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu às tropas do país pelo sucesso nas operações através de um vídeo divulgado esta segunda-feira à noite, 28 de março. "Irpin foi libertada. Muito bem! Estou agradecido a todos os que trabalharam para este resultado, Os invasores foram afastados de Irpin e afastados de Kiev. Contudo, ainda é muito cedo para falar em segurança nesta região. A luta continua", afirmou, acrescentando que a situação é "tensa" nas regiões de Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Donbass e no sul da Ucrânia.

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Esta terça-feira, 29 de março, ficará marcada pela reunião entre os dois países em conflito e também pela saída de mais ucranianos através da abertura de novos corredores humanitários, um deles na sacrificada cidade de Mariupol. A informação foi avançada esta terça-feira, como habitual, pela vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Tudo o que esperar de mais um dia de guerra.

Negociações para a paz no 35.º dia de guerra

Já começaram as negociações entre as delegações russa e ucraniana marcadas para esta terça-feira em Istambul, na Turquia. Durante a reunião será debatido o estatuto de neutralidade da Ucrânia e a abertura de mais corredores humanitários.

É também provável que da reunião resulte a desistência da Ucrânia em relação à adesão à NATO, segundo quatro fontes próximas ao processo de negociações ao "Financial Times". É ainda dito que a Rússia terá abandonado a exigência de "desnazificação" na Ucrânia.

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, falou entretanto sobre as perspectivas para a reunião e disse que “uma paz justa não terá um derrotado”. “Continuar a guerra não beneficia ninguém. Repor a paz beneficia os vossos países e os outros", acrescentou.

As negociações começaram na manhã desta terça-feira e sem um aperto de mão, como relatou um repórter de uma televisão ucraniana, citado pela agência Reuters, segundo a CNN Portugal. "Foi uma receção fria, sem aperto de mão", disse.

Alegações de envenenamento como tática usada pelos russos

O "The Wall Street Journal (WSJ)" avançou esta segunda-feira, 28, que negociadores ucranianos terão sido vítimas de uma tentativa de envenenamento numa reunião em Kiev, na Ucrânia, no início do mês.

Uma das pessoas que poderá ter sido alvo deste tipo de ataque é o oligarca russo Roman Abramovich, que terá aparecido com os olhos vermelhos e pele das mãos e cara a descamar, segundo informações citadas pelo "Observador". Suspeita-se que terá sido envenenado numa reunião entre a Rússia e a Ucrânia no início de março. Apesar de tudo, Roman Abramovich estará presente nas novas negociações, segundo a "SkyNews".

Além do jornal, o site de jornalismo de investigação "Bellingcat" deu detalhes sobre uma análise científica que poderá provar o uso de uma arma química na reunião.

Tendo em conta este episódio, ainda por confirmar, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, deixou um conselho para a reunião que acontece esta terça-feira. "Aconselho todas as pessoas que vão para as negociações com a Federação Russa a não comer ou beber nada", disse. "Preferencialmente, evitem tocar em qualquer superfície", continuou.

A confirmarem-se as suspeitas, o envenenamento de ucranianos durante as negociações pode ter três justificações: atingir as três pessoas presentes na reunião para sabotar as negociações de paz; fazer uma espécie de ensaio para numa segunda tentativa matar Volodymyr Zelensky; ou acidente. As hipóteses são levantadas pelo especialista em relações diplomáticas e contrainformação e subversão russas, Victor Madeira, na CNN Portugal.

Edifício estatal em cidade do sul da Ucrânia foi bombardeado

Mykolaiv, cidade a sul da Ucrânia, foi alvo de um bombardeamento com um míssil na manhã desta terça-feira que atingiu o principal edifício estatal da cidade. Até ao momento não há registo de vítimas, mas sabe-se que oito pessoas estarão sob os escombros.

O estado em que ficou o edifício é visível nas imagens partilhadas pelo jornalista ucraniano Oleh Novikov através do Twitter.

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