Em nome da igualdade de género e de um maior equilíbrio, a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, só vai contratar mulheres para todas as suas categorias científicas no próximo ano e meio.
A medida entrou em vigor no dia 1 de julho, vai prolongar-se por 18 meses, e o estabelecimento de ensino espera ver 20% dos lugares catedráticos ocupados por mulheres em 2020.
Cada colocação pressupõe uma bolsa de investigação adicional de 100 mil euros, bem como um mentor e, de acordo com esta nova política, as candidaturas dos homens só serão consideradas para estes postos de trabalho se não existirem candidatas mulheres adequadas ao cargo nos seis meses seguintes ao anúncio da oferta de trabalho.
O reitor da universidade, Frank Baaijens, afirmou ao "The Guardian" que o equilíbrio entre os dois géneros em papéis académicos tem sido lento, salientando que considera "de grande importância a igualdade de respeito e oportunidades para homens e mulheres".
De acordo com o académico, este equilíbrio leva a "melhores estratégias, mais ideias criativas e uma inovação mais rápida". Segundo a universidade, o objetivo desta nova política é levar a que pelo menos metade dos novos professores assistentes sejam mulheres, sendo que o sexo feminino deve estar representado, no mínimo, em 35% dos lugares de professores associados e catedráticos.