Estávamos no início do ano letivo de 1963/64. João Cunha Serra, 18 anos, percorria a Avenida de Roma, a caminho da Alameda Dom Afonso Henriques, vindo de Alvalade. Era o seu primeiro dia como aluno do curso de Engenharia Eletrotécnica, no Instituto Superior Técnico. Naquele tempo mal sabia que, a partir de então, aquela seria a sua casa durante 52 anos.

“Ia com a incerteza de quem vinha do secundário. Vinha do Liceu Camões, que tinha um sistema de disciplina de ferro, com um reitor muito controlador, capaz de estar nas galerias a ver os alunos no recreio”, conta à MAGG. “Ingressei no Técnico sem ter de fazer aqueles exames de entrada porque trazia uma nota razoável. Foi uma coisa totalmente diferente. Cheguei à universidade e a liberdade era outra. Não havia controlo se íamos às aulas ou não”, conta.

De aluno, João Serra passou a assistente em Telecomunicações, por convite, do professor Manuel Abreu Faro, “um dos poucos que se dedicava plenamente ao trabalho na escola”. De assistente passou a doutorado, em 85. Passa a professor auxiliar. Foi presidente do conselho diretivo, do Concelho Pedagógico, Membro do Senado da Universidade. Em 2015 foi jubilado, ao completar 30 anos como docente no IST. É veterano sindicalista do Ensino Superior. Foi também adjunto do Ministro da Educação, José Emílio da Silva, no governo de Vasco Gonçalves, em 1975.

Os anfiteatros estavam cheios de alunos. Os docentes “despejavam a matéria” e tinham uma vida diferente da que têm agora: “A larga maioria dos professores eram pessoas que davam as aulas e iam a correr para as suas empresas”, diz. Ao contrário do que acontece atualmente, “eram raros os professores residentes que faziam investigação na instituição.”

Apesar de ter de “marrar muito e bem para fazer as cadeiras”, o sabor daquela nova liberdade também o fazia trocar aulas por outras atividades: “Os alunos espalhavam-se pelas redondezas. Havia aulas em que não púnhamos os pés”, recorda. “Íamos para uma papelaria chamada A Desportiva, mesmo ao lado do Técnico, onde havia matraquilhos, pingue-pongue e onde nos entretínhamos. Também íamos para o bowling ou para a Mexicana, na Praça de Londres.”

O pai tinha entrado naquela mesma escola, na década de 30: “Era exatamente igual, com edifícios do tempo da construção do engenheiro Duarte Pacheco [aluno, professor e diretor daquela instituição nos anos 20, Ministro das Obras Públicas e Comunicações e Presidente da Câmara de Lisboa, nos anos 30].”

Imagem da Praça de Londres e Avenida Manuel da Maia em 1953.

Não havia as famosas torres, não havia o pavilhão da Matemática, ou sequer o que fica atrás do edifício central. Só depois da entrada para a Comunidade Económica Europeia é que se começou a construir a versão do IST que hoje conhecemos e que deu origem à expansão para o campus no Tagus Park.

“No lugar de uma das torres estava um avião de um professor, que era um tipo meio avariado”, conta. “Era de Aeronáutica e não acreditava que o Sputnik tinha sido lançado.”

Havia pouco espaço para a investigação, menos alunos (as mulheres contavam-se pelos dedos) e menos cursos. Mas, tal como outras, aquela escola foi um reflexo da situação política do País: do Estado Novo, ao 25 de abril, ao PREC ou à entrada na União Europeia.

Um admirável (e exigente) mundo novo

Era outubro e corria o ano de 64 quando Aurélio Machado viajou de barco do Pico, nos Açores, até Lisboa. A viagem fez-se em sete dias, com paragens em diferentes ilhas, incluindo no arquipélago da Madeira. Quando chegou a Lisboa já as aulas tinham começado há uma semana.

Tinha sido um bom aluno no liceu, tanto que recebeu a bolsa da Junta Real da Horta, que o obrigava a manter uma média de 14 durante todo o período da licenciatura. Porém, não “estava minimamente sensibilizado” para as dificuldades que o esperavam. A primeira aula a que assistiu foi a de Matemáticas Gerais, no curso de Eletrotecnia. O assistente era Cândido Oliveira, que estava “bem consciente da sua função seletiva”.

O aluno chegou a horas e sentou-se. "Assim que ele [o assistente] mandou fechar a porta para começar a dar a aula, entrou um um indivíduo de cachecol — e de cuja feição não me esqueço — e o professor disse-lhe: ‘Olhe que eu não me esqueço de si’.”

Senti-me tão infeliz”, diz. “Passei um susto tão grande que, assim que sai do anfiteatro fui à Associação de Estudantes comprar as sebentas, que eram feitas pelos alunos

Aurélio Machado saiu aterrorizado da aula, não só pela tensão que sentiu, mas, sobretudo porque não conseguiu acompanhar a matéria: “Senti-me tão infeliz”, diz. “Passei um susto tão grande que, assim que saí do anfiteatro fui à Associação de Estudantes comprar as sebentas, que eram feitas pelos alunos.” Nos tempos que se seguiram, a vida deste futuro assistente do IST cingiu-se a dois locais: universidade e casa, sempre com a cabeça entre os livros.

“Levei um mês de clausura a estudar dia e noite e só saí quando me senti em condições de acompanhar. Não podia perder a minha bolsa.”

O IST de Aurélio e de João Serra não é o mesmo que o de João Silva, 22 anos. As preocupações académicas do jovem natural de Gouveia são outras porque já não há Estado Novo, PIDE ou a agitação do pós-25 de abril. Mas há contrastes que não perdem a validade.

O primeiro dia de aulas foi uma coisa muito diferente para mim. Gouveia é um concelho que tem tantos habitantes quanto o número de alunos do IST

Tal como aconteceu com o açoriano natural do Pico, no ano em que entrou na faculdade, João sentiu-se “uma formiga” e percebeu que o ritmo de estudo era completamente diferente. “É uma escola em que é preciso pedalar”, conta. “Tive de fazer grandes mudanças nos meus hábitos de estudo.

“O primeiro dia de aulas foi uma coisa muito diferente para mim. Gouveia é um concelho que tem tantos habitantes quanto o número de alunos do IST”, diz. A mudança de vida foi radical, como é a de tantos outros estudantes nesta fase de transição. Veio praticamente sozinho mas, com a praxe inicial, conheceu pessoas, habituou-se à vida em Lisboa, ao ambiente académico e também à vida boémia. Uma das recordações que guarda com mais carinho remete-o para um dia em que vinha, às quatro da manhã, a descer a Avenida da Liberdade, a entoar os hinos dos cursos e as músicas académicas. “Isso marcou-me bastante”, diz.

O campus universitário da Alameda foi construído em 1927, quando Duarte Pacheco é diretor. Foi nesta altura que o instituto passou a fazer parte da Universidade Técnica de Lisboa.

O aluno de Engenharia Mecânica foi presidente da Associação de Estudantes no ano letivo de 2016/2017: “Nessa altura, aquilo que nos preocupava mais era que a Associação fosse capaz de continuar as suas atividades, apesar da situação financeira terrível deixada pela direcção anterior e que pôs em causa o seu futuro”, conta. “Agarrámos naquilo com força. Acho que correu muito bem e estou mais confiante no futuro agora.” Estuda, tem aulas e participa em várias atividades organizadas pelos estudantes. João diz, em tom de brincadeira, que vive no Técnico.

As histórias, os segredos, as lutas políticas e as praxes do Instituto Superior Técnico

Foi depois de desempenhar a função de Coordenador de Gestão e de Serviços na Associação que surgiu a oportunidade de se candidatar a presidente: “Lembro-me de estar a contar os votos, muito cansado, mas muito satisfeito e ciente de que ia enfrentar uma grande responsabilidade”, conta. “São quase 12 mil alunos e eu queria representá-los da melhor forma.”

O trabalho da Associação é alargado. Além de o IST formar técnicos, também forma “pessoas”. Gerem-se as atividades desportivas, a componente cultural, recreativa, para não falar do apoio que se disponibilizam a dar a todos os alunos.

No arraial do IST de 2017 — que recebeu músicos como Capitão Fausto, Valete ou Ena Pa 2000 — João Silva estava encarregue do controlo de equipa: “Éramos 50, distribuídos pela bilheteira, controlo de entradas, armazém, apoio aos artistas”, conta. “Eu tinha de gerir as pessoas e dirigi-las para onde fosse necessário. No final, era preciso arrumar tudo.”

Como diz, as equipas que trabalham nos projetos e atividades do técnico — incluindo organização de jornadas de curso ou férias de emprego — “dão o corpo ao manifesto.” Nesta noite, João não dormiu. A equipa foi fazendo turnos para descansar, mas o presidente optou por não pregar olho, porque “dormir era morrer.”

O cerco, a interrupção das aulas e um diretor que vigiava os alunos à porta

Em 1963, quando entrou para o IST, João Serra vinha sem qualquer vocação política. Embora o pai fosse um “homem com ideias mais ligadas à Esquerda”, nunca procurou influenciar os filhos.

Havia calças à boca de sino, havia cabelos e barbas grandes. Os Beatles já tinham aparecido. Os Estados Unidos travavam a Guerra do Vietname e competiam com a Rússia no espaço. Em Portugal, vivia-se já há largos anos sob o regime do Estado Novo. Salazar estava quase a cair e Marcelo Caetano a substituí-lo. A Guerra Colonial já tinha começado. E os estudantes queriam que o país renascesse.

O Instituto Superior Técnico foi fundado em 1911 e nasceu da divisão do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. O primeiro diretor foi o Engenheiro Alfredo Bensaude, responsável pela criação nesta instituição dos cursos de Minas, Civil, Mecânica. Eletrotécnica e Químico-Industrial.

“A Associação de Estudantes era o único ar fresco que havia ali, porque produzia textos que eram subversivos em relação ao Estado Novo”, conta. As reivindicações do corpo estudantil agitaram as décadas de 60 e 70 naquela universidade. E iam acumulando. Havia a falta de liberdade política e de expressão imposta pelo regime. Havia a Guerra Colonial, que ameaçava (e enviava) alunos para África. E, mais tarde, houve também o aumento do número de estudantes na década de 70 — fruto das medidas do Ministro da Educação Nacional de então, Veiga Simão — que fazia crer que a “economia não teria força para absorver tantas pessoas no mercado de trabalho.”

Conclui-se que o guarda da Associação de Estudantes era da PIDE. Mais tarde, já como assistente [a partir dos anos 70] um dos contínuos era informador da PIDE”, conta. “Mas só o viemos a saber depois.

João Serra despertou para o movimento académico quando, no seu terceiro, ano foi a um piquenique organizado pela Associação de Estudantes, dentro do Pavilhão Central: “No fundo, era uma forma de agitar as águas, com intervenções de cariz político”. diz. “No final do piquenique, os alunos invadiram a sala das alunas, que era o vestiário das raparigas, onde também se iam maquilhar. Era uma espécie de gineceu. Aquela atitude foi uma demonstração de poder, para ir contra as regras do diretor.” O acontecimento foi anunciado pela comunicação social, "que disse uma série de mentiras", como os estudantes exigirem casas de banho mistas, de modo a tentarem virar a opinião pública contra eles.

Passado “um ou dois anos”, já fazia parte na direcção da Associação de Estudantes, na altura em que o presidente era José Mariano Rebelo Pires Gago, figura que veio a tornar-se num dos grandes impulsionadores da investigação científica em Portugal: presidiu a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, criou a Fundação para a Ciência e Tecnologia (responsável pelo financiamento público da investigação portuguesa) e organizou as Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica. Entre 1995 e 2002 foi ministro da Ciência e Tecnologia.

Os primeiros Centros de Estudo e Investigação nascem em 1952. Até 1972 foram criados 12 centros, três sediados no IST. Na década de 70 aumenta o número de alunos matriculados no técnico, pela alteração do período mínimo para a obtenção da licenciatura.A investigação ganha mais força através da criação do edifício Complexo Interdisciplinar que inclui diferentes unidades de investigação autónoma.

A agitação académica chamava a atenção do regime. “Conclui-se que o guarda da Associação de Estudantes era da PIDE. Mais tarde, já como assistente [a partir dos anos 70] um dos contínuos era informador da PIDE”, conta. “Mas só o viemos a saber depois.”

A tensão atingiu o climax em 1973, com o cerco policial da universidade e a interrupção das aulas durante um semestre. Antes, já havia os “gorilas” a vigiar a universidade e a instaurar a ordem: “Eles estavam ali para garantir que não havia intervenções dos estudantes que pusessem em causa o regular funcionamento do ensino, impedindo ajuntamentos.”

Mesmo assim, a Associação não cessava a sua atividade interventiva, com greves, manifestações e produção de documentos. E o corpo docente também começava a manifestar-se. Os ânimos estavam tão agitados, que a polícia cercou, invadiu e fechou a escola universitária da Alameda: “Julgo que fizeram isso durante a noite. Fecharam o Técnico e invadiram a associação”, conta.

Ninguém estava à espera que viesse o 25 de abril, mas trabalhávamos para que ele acontecesse

O resultado deste cerco policial foi a anulação de um semestre. O presidente da Associação de Estudantes foi preso, juntamente com uns tantos outros ativistas. O técnico fechou e foram necessários meses para que as portas voltassem a ser abertas.

“O professor Sales Luís foi o mediador do acordo para voltar a abrir o Técnico”, conta. “Mas, passado algum tempo, o rebuliço recomeçou. Ninguém estava à espera que viesse o 25 de abril, mas trabalhávamos para que ele acontecesse”, diz João Serra.

Foi assim que, no mesmo ano, Sales Luís, agora diretor, aplicou um “controlo monumental” à instituição. Além de polícias em torno da universidade, que impediam as pessoas de saltarem os muros, havia uma câmara de vigilância e uma observação feita a pente fino para apanhar os ativistas: “Ele [Sales Luís] tinha uma memória de elefante e decorou as caras das pessoas que apareciam nas imagens da câmara que instalou”, conta. “Só se podia entrar por uma das portas do técnico — aquela pequena do portão virado para a Alameda — e, sempre que havia alguém que tivesse sido identificado, o diretor apreendia-lhe o cartão de aluno e impedia-lhe a entrada.”

Foi assim que o 25 de abril veio encontrar o Técnico: "Uma situação policial. Depois de uma grande libertação, o pêndulo foi para o outro lado. Houve reacções em excesso, docentes postos à porta, insultados.”

Os ânimos estavam “exaltadíssimos” e Sales Luís foi escorraçado. “Foi o António Abreu, pai do aluno do mesmo nome [duas vezes eleito como Presidente da Associação de Estudantes, mais tarde engenheiro, químico e político português], que conduziu o Diretor ao portão, para evitar que ele fosse espancado. Claro que nenhum se livrou de ir tomar banho, porque a malta cuspiu-lhes toda em cima.”

Quando os estudantes intimidaram os professores

Estávamos no “verão quente” e reinava a desorganização no IST. Os alunos tomavam o poder e os professores sentiam-se intimidados. Os estudantes tinham mais força do que o corpo docente. Era a “assembleia da escola que tomava as decisões”, onde os votos dos professores e estudantes (que eram muitos mais) tinham a mesma força: “Era uma espécie de controlo operário”, diz João Serra.

Os alunos queriam dar as notas e os docentes eram postos na rua por eles. O Ministério deixou de reconhecer a direção do Instituto Superior Técnico e os professores, que tinham de lá ir buscar o ordenado, ficaram numa situação caótica que demorou a resolver-se.

Lembro-me de um dia em que estava a dar uma aula de uma cadeira de quarto ano e, sem pedirem licença, entram vários estudantes na sala

“Havia comissões disto, comissões daquilo e havia uma enorme pressão sobre os professores para não haver reprovações”, conta Aurélio Machado, que na altura estava a trabalhar como assistente.

“Lembro-me de um dia em que estava a dar uma aula de uma cadeira de quarto ano e, sem pedirem licença, entram vários estudantes na sala”, conta. “Diziam que se estava a dar uma grande mudança no país e que não devia haver severidade na avaliação.”

Esta situação demonstra a pressão e tensão que se vivia no IST, sobretudo para o corpo docente. Naquele momento, o assistente comunicou aos estudantes que iria continuar a avaliar com o mesmo critério. “Os alunos lá se foram embora a resmungar.”

O acontecimento foi a gota de água para Aurélio Machado: “Naquele dia, tomei uma decisão”, diz. “Senti que não tinha futuro para lecionar naquele ambiente, por isso, poucos dias depois aceitei um convite para fazer a instalação do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), em São Miguel, nos Açores”

Da Engenharia Electrotécnica ao stand-up comedy

Hugo Rosa, 34, comediante, entrou nesta universidade em 2001, para a licenciatura de Engenharia Eletrotécnica. Foi contratado antes de terminar o mestrado e acabou por não concluir os estudos naquela altura. Mas, mais recentemente, regressou para fazer um doutoramento em Informática.

“Recordo-me de um dia em que os veteranos foram buscar-nos e tivemos de ir para cantina comer sem talheres. E lembro-me de depois andarmos a cantar por Lisboa. Descemos a Almirante Reis e fomos até ao rio”, relata.

Até era bom aluno no secundário e estreei-me com um seis a álgebra

A praxe teve pouco significado para Hugo Rosa. Aquilo que inicialmente mais o chocou foi, claro, a exigência: “Até era bom aluno no secundário e estreei-me com um seis a álgebra”, conta. “A primeira coisa que o meu professor de Análise de Matemática — cadeira com uma taxa de reprovação de mais 90% — disse foi: ’Vocês não sabem nada de Matemática. A que vos ensinaram até aqui teve falhas. Vamos começar do zero.’” Passou o primeiro mês de aulas a mostrar “como é que o matemático tinha provado que um zero a multiplicar por zero dava zero.”

Só no terceiro ano é que se adaptou à exigência desta faculdade: “A noção de ano no IST não existe. Só de matrículas. Quando abandonei o mestrado já ia na sétima.”

Em 1990 criam-se mais cursos no técnico. Em 2000 o instituto chega a Oeiras, ao Parque de Ciência e Tecnologia do Taguspark. Em 2018 é considerada uma das 50 melhores escola de engenharia do mundo, segundo o “US News“.

Foi aos 23 que o humorista teve o primeiro contacto com a Board of European Students of Technology (BEST), um grupo que é representado em quase 100 universidades na Europa, da qual mais tarde se veio a tornar presidente. Era um misto de “trabalho com regabofe”, conta. “O associativismo tornou a minha experiência académica muito melhor. Tínhamos de conseguir organizar, uma vez por um ano, um curso para receber estudantes de outras faculdades de outros países, o que implicava angariar muito dinheiro para que nenhum aluno tivesse de pagar mais de 40€.”

Foi esta mesma associação que levou Hugo Rosa à carreira de humorista: “Ajudou-me a desenvolver soft skills, como a comunicar melhor”, diz. “Aos 26, quando já estava a fazer consultoria informática, fui visitar um amigo na Sérvia que tinha conhecido aqui. Estávamos a ter uma conversa muito honesta e eu disse-lhe que estava farto de trabalhar naquela área. Ele perguntou-me o que é que eu queria fazer e eu demonstrei que gostava de stand-up comedy.”

Estávamos em 2009 quando isto aconteceu. Em setembro do mesmo ano, Hugo Rosa deu o seu primeiro espetáculo.

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