O caso suspeito do acidente que matou uma mãe, Raquel Godinho, 45 anos, e uma avó, Maria José Godinho, esta quinta-feira, 7 de dezembro, em Cascais, depois de o carro em que seguiam, juntamente com os filhos da condutora, de 13 e 16 anos, ter voado da estrada do Guincho para dentro do mar, continua a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ). Agora, sabe-se que o filho mais velho salvou o mais novo de morrer e que ainda tentou retirar a mãe e a avó da viatura, mas não conseguiu.
Esta é uma das conclusões da PJ, segundo o “Correio da Manhã”. Além de observarem a viatura, que ainda se encontra no mar, as autoridades falaram com os dois jovens rapazes. O mais velho contou que, após o carro cair ao mar, partiu o vidro do porta-bagagens a pontapé e foi por aí que ele e o irmão conseguiram sair.
Depois de perceberem que não conseguiam salvar a mãe, de 45 anos, e a avó, de 70 anos, subiram para uma zona rochosa e, após cerca de uma hora, um pescador apercebeu-se do acidente e deu o alerta. Os irmãos, de pais diferentes, foram resgatados pelos Bombeiros de Cascais em estado de choque e em hipotermia, foram assistidos por psicólogos e levados para o Hospital de Santa Maria.
Durante a tarde desta sexta-feira, 8 de dezembro, os jovens permaneceram nesse hospital, à espera que familiares os fossem buscar, segundo o que José Marques Coelho, o comandante da Capitania de Cascais, disse ao jornal. Além disso, acrescentou que ninguém da família foi à morgue reconhecer os corpos de Raquel e Maria José Godinho e, por isso, “não há identificação formal” das vítimas.
Contudo, “esse facto não impede as autópsias”. “Procuramos ainda confirmar a propriedade da viatura, para que a companhia de seguros pague a sua retirada do mar”, continuou o comandante.