Há mais 258 mortes e 6.916 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 5 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Estes dados surgem no mesmo dia que foi noticiado que o governo de António Costa não vai dar tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, 16 de fevereiro.

Governo já decidiu. Não há tolerância de ponto no Carnaval
Governo já decidiu. Não há tolerância de ponto no Carnaval
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A razão apontada para esta decisão prende-se com o facto de o País estar em confinamento devido à pandemia da COVID-19 e, por isso, não serão realizadas quaisquer festividades públicas. "A tolerância de ponto visa permitir às pessoas participar em festividades e celebrações que este ano não existirão tendo em conta o atual contexto do País”, referiu uma fonte próxima do executivo à agência noticiosa, como escreve o "Observador".

Esta sexta-feira, 5 de fevereiro, também surgem notícias que dão conta que as empresas estão obrigadas a assumir o valor das despesas de internet e telefone de todos os funcionários que estejam em regime de teletrabalho devido ao surto da COVID-19. O esclarecimento é dado pelo Ministério do Trabalho que adianta que desse processo se excluem outras despesas como a da água, do gás e da eletricidade, escreve o "Jornal de Negócios".

O governo apoia-se nas regras estabelecidas no Código de Trabalho, que diz que o empregador deve "assegurar as respetivas instalação, manutenção e pagamento das inerentes despesas", mesmo que em teletrabalho, reforça a tutela.

 No entanto, não é claro de que forma é que o cálculo das despesas deve ser feito para que as empresas saibam o valor que devem assumir. Isso leva a que os trabalhadores tenham "receio de reclamar" e, por isso, haja cada vez menos exigências nesse sentido, explicam os vários sindicatos dos trabalhadores à mesma publicação.

Nesse sentido, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) apela ao governo para que as regras sejam clarificadas de forma a acabar com aquilo que considera ser a "selva" criada pela pandemia.

 "Essa clarificação é fundamental porque o trabalhador deslocado do seu posto de trabalho para o seu domicílio tem custos e têm de ser suportados pelos empregadores", diz José Abraão, secretário-geral da Fesap, à TSF. "O governo aqui tem a responsabilidade no sentido de regulamentar o teletrabalho, criando outro tipo de condições, para não ser a selva a que todos temos estado sujeito nos últimos tempos", conclui.