Há mais 274 mortes e 15.333 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados este sábado, 23 de janeiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Os novos dados são divulgados na mesma altura em que se sabe as prioridades para a toma da vacina contra a COVID-19 em Portugal vão mudar. Estão a ser revistos os grupos prioritários e o objetivo é que os políticos passem a fazer parte destes grupos. O dado é avançado pelo coordenador do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal, Francisco Ramos, numa entrevista ao semanário "Expresso".

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"Estamos exatamente a trabalhar numa proposta para que possam ser incluídos entre os prioritários os titulares de altos cargos de decisão porque, obviamente, é essencial estarem protegidos", diz o coordenador. A primeira proposta já foi apresentada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e agora "dentro da task force está a trabalhar-se no sentido de chegar a uma definição final".

Quanto aos professores, que pedem para fazer parte dos primeiros grupos a serem vacinados, Francisco Ramos não recusa a ideia, mas expõe o principal impedimento: "A única situação que nos impede de atender a essas reivindicações é a escassez de vacinas. Não é uma questão de ter ou não razão", diz.

Apesar de não ser possível responder a este grupo e a "mais de um milhão de portugueses que mereceriam ser considerados nesta fase", o coordenador do plano de vacinação aponta um aspeto positivo: "Demonstra que as pessoas querem ser vacinadas e o receio não está a confirmar-se".