Há mais 90 mortes e 2.194 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 14 de dezembro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico.

Os novos dados surgem no dia em que António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, afirma que o Governo "não hesitará" em agravar as medidas caso seja necessário, contudo os números estão, segundo o mesmo, "dentro do que era esperado". Lacerda Sales apela ao cumprimento das regras e afirma que cenário dependerá "daquilo que é o comportamento individual de cada cidadão nomeadamente nesta quadra natalícia".

Portugal comprou cerca de 1200 ventiladores, mas muitos ainda não chegaram aos hospitais
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"Tivemos na última semana uma curva decrescente, embora com uma incidência alta e um número de mortos elevado, mas era aquilo que esperávamos em função do pico registado no dia 20 de novembro. Esperávamos que, passadas entre duas e as cinco semanas, houvesse um aumento de pressão dos internamentos e um pico da mortalidade, portanto está dentro do previsto", afirmou em declarações o secretário de Estado da Saúde, citado pelo "Diário de Notícias".

"O Governo tem tomado as medidas certas no tempo certo. Se houver necessidade de em função de um enquadramento e de um contexto de ' puxar o travão de mão', obviamente, o Governo não hesitará, mas procurará equilibrar o controlo da pandemia e o bem-estar psicológico dos portugueses", acrescentou.

Questionado sobre os ventiladores que não estão a ser usados, Lacerda Sales confirmou que "há cerca de 204 ventiladores nessas condições", mas garantiu que até ao final do ano há "condições de ter mais de 2100 ventiladores no global".

Também na Alemanha as medidas tornaram-se mais restritas para combater o aumento de casos de COVID-19, principalmente no contexto das celebrações de Natal e Ano Novo, e foram anunciadas este domingo, 13, pela chanceler alemã, Angela Merkel. Esta segunda-feira o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, fez questão de reforçar que a situação é "gravíssima" e apelou à responsabilidade de cada um afirmando que, nem o Natal nem o Ano Novo poderão ser festejados "como se pensava". A partir de quarta-feira, 16, e até 10 de janeiro, na Alemanha, escolas e lojas não essenciais vão estar fechadas e é ainda incentivado o teletrabalho a todas as empresas.