Há mais 62 mortes e 6.472 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados este sábado, 21 de novembro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico.
Os novos dados são divulgados no mesmo dia em que se atinge um novo recorde mundial de novas infeções diárias: 665 mil casos, com mais de 57 milhões de infecções por SARS-CoV-2 em todo o mundo. Será também neste sábado que o primeiro-ministro António Costa irá falar ao país, às 18h, para anunciar as novas medidas do estado de emergência que foi prorrogado durante mais 15 dias, depois de ter sido aprovado pelo parlamento na sexta-feira, 20 de novembro. Entrará em vigor a partir da próxima terça-feira, 24.
O decreto apresentado pelo presidente da República passou com votos a favor do PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. Bloco de Esquerda, CDS e PAN abstiveram-se, PCP, Verdes, Chega, Iniciativa Liberal e Joacine Katar Moreira votaram contra.
Marcelo Rebelo de Sousa fará uma comunicação ao País esta sexta-feira às 20 horas. No sábado, 21, o Conselho de Ministro discutirá as medidas concretas a serem aplicadas, mas sabe-se já que este novo estado de emergência vai funcionar em moldes diferentes do atualmente em vigor. Serão aplicadas medidas diferenciadas por concelho, de acordo com o grau de de gravidade de contágios, que englobarão diferentes níveis de restrições à mobilidade.
De acordo com o "Público", que cita o decreto de renovação do estado de emergência, poderão também ser autorizados confinamentos compulsivos, o impedimento de os profissionais de saúde abandonarem o Serviço Nacional de Saúde.
Empresas e estabelecimentos poderão ser obrigados e mudar de horário ou mesmo a encerrar. Há também a possibilidade de menor proteção de dados pessoais e previsão de uma possível rutura de medicamentos ou material sanitário.