À semelhança de outros países europeus, a Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu que Portugal só vai administrar a vacina contra a COVID-19 da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford a pessoas "com 65 ou menos anos de idade". Contudo, a recomendação tem efeito “até novos dados estarem disponíveis”, de acordo com a norma publicada esta segunda-feira, 8 de fevereiro.

A recomendação vem na sequência da falta de dados da AstraZeneca quanto à eficácia da vacina nos mais velhos. Assim, para já, Portugal desaconselha a administração desta vacina a pessoas com mais de 65 anos, apesar de na semana passada a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado "luz verde" à vacina da AstraZeneca/Oxford, sem impor um limite de idade em que deve ser administrada.

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A decisão da DGS é cingir a vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 18 anos, mas não descarta a possibilidade de, em situação excecional, ser administrada a pessoas mais velhas. "Em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada se só estiver disponível a COVID-19 Vaccine AstraZeneca", pode ler-se na nota. 

A norma de vacinação para o fármaco da AstraZeneca/Oxford exclui ainda da toma "pessoas com sintomas sugestivos de COVID-19" e "pessoas que estiverem em isolamento profilático", devendo adiar a vacinação para
quando este terminar — tal como já era estabelecido para a administração da vacina da Pfizer.

O primeiro lote de vacinas da AstraZeneca/Oxford chegou a Portugal este domingo, 7 de fevereiro. No total, são 43.200 vacinas em território nacional, conforme revelado por uma fonte da task force do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, de acordo com o jornal "Público", que cita a agência Lusa.