Em 2019, Miguel Albuquerque, diretor-geral das modalidades do Sporting Clube de Portugal, foi condenado a dois anos e dois meses de pena suspensa por violência física e psicológica sobre a ex-mulher, também ela funcionária do clube, avançou em exclusivo o "Correio da Manhã". No entanto, sabe-se agora que o diretor nunca terá informado a entidade patronal de que tinha sido condenado e, por isso, o Sporting decidiu afastá-lo com "efeitos imediatos".
O anúncio foi feito esta quinta-feira, 22 de outubro, pela direção do clube num comunicado oficial. "O Sporting Clube de Portugal vem por este meio comunicar que em virtude das notícias hoje vindas a público sobre o diretor-geral das modalidades, Miguel Albuquerque, o seu contrato de trabalho encontra-se suspenso com efeitos imediatos", pode ler-se. O clube não teceu mais comentários e Miguel Albuquerque ainda não reagiu oficialmente ao seu afastamento.
Apesar da suspensão, sabe-se que Albuquerque continua a receber um salário de 3.500€ mensais. E sabe-se também que deverá ser alvo de um processo disciplinar por não ter informado a direção do clube da sua condenação no ano passado.
Segundo o acórdão a que a mesma publicação teve acesso, o ex-dirigente do Sporting abordou a ex-mulher no Estádio de Alvalade, onde ambos trabalham, com o objetivo de lhe pedir para desistir do processo. Sem sucesso, tê-la-á perseguido na rua usando um carro de serviço.
Serão esses os atos de violência doméstica usados para o processo disciplinar, uma vez que aconteceram no local de trabalho e com a utilização de um carro cedido pela entidade patronal, e não os que ocorreram na casa do casal — provados em tribunal.