Fernando Valente, o principal suspeito da morte de Mónica Silva, que está desaparecida há mais de dois meses, fez queixa da família da mulher na GNR por difamação. Tudo aconteceu apenas duas semanas depois de a grávida da Murtosa desaparecer e de o caso ter sido reportado às autoridades.
Nessa altura do desaparecimento, a família de Mónica Silva já tinha a convicção de que Fernando Valente tinha tido mão no caso. Para fazer queixa, o homem baseou-se em vídeos que andavam a circular nas redes sociais, bem como em alegações dos familiares de Mónica, que o responsabilizavam pelo sucedido, avança o "Correio da Manhã".
Fernando Valente acreditava que as declarações da família da mulher desaparecida denegriram a sua imagem e levantaram falsas suspeitas, segundo a mesma publicação. No entanto, pouco tempo depois, a 18 de novembro, Fernando Valente ficou em prisão preventiva por suspeita dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado.
Mónica Silva desapareceu a 3 de outubro, na Murtosa, em Aveiro, enquanto se encontrava grávida de sete meses. A mulher terá saído de casa na noite desse mesmo dia, alegando ir ao café e, no regresso, ligou aos filhos (de 11 e 14 anos) a dizer que estava a voltar para casa, algo que nunca chegou a concretizar-se. O seu telemóvel foi desligado no próprio dia, tendo dado sinal 24 horas depois no Alentejo, no concelho de Cuba, onde Fernando Valente tem uma propriedade.
Depois de procurarem pela mulher na ria de Aveiro, nas propriedades e no automóvel do suspeito e num supermercado em construção, foram feitas novas buscas junto a uma moradia da família de Fernando Valente, esta sexta-feira, 15 de dezembro, ainda sem sucesso. Esta quinta-feira, 14, os filhos da mulher foram ouvidos por um juíz para memória futura e relataram os últimos dias que passaram com a mãe, de acordo com o "Correio da Manhã".