Já resgatou dezenas de animais de rua e hoje tem seis cães e quatro gatos em casa. Deu apoio a crianças com dificuldades de aprendizagem e desde o ano passado que leva esta missão de ajudar além fronteiras. Raquel Comprido viajou para o Uganda durante um mês para dar aulas de inglês e ajudar na criação de micro empresas. Ainda no ano passado foi para a Tailândia e para o Cambodja dar aulas a crianças e, este ano, esteve no Quénia.

Aproveitamos o Dia Internacional do Voluntariado, que se assinala a 5 de dezembro, para contar a história de Raquel, ainda que para ela o voluntariado não tenha dia marcado. Aliás, esta vontade de ajudar fez até com que criasse, juntamente com Rafael Pardal, a Right Buddy, a primeira agência digital focada na responsabilidade social. Essa missão é assumida ao garantir que 10% do lucro que têm com um projeto é doado a uma instituição de solidariedade escolhida pelo cliente.

Nas últimas missões que fazia, Raquel começou a levar consigo as pessoas que queriam experimentar o que era isto do ajudar só porque sim. Ao mesmo tempo, lançou várias campanhas de crowdfunding de maneira a levar mais consigo na mala do que só a boa vontade.

Percebeu que havia muita gente que, tal como ela, tinha um gosto natural em ajudar e que muitas se sentiam impotentes por não poderem fazer uma missão prolongada ou no estrangeiro.

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Foi aí que surgiu a ideia de criar uma plataforma que agregasse tudo o que fossem missões de voluntariado, nacionais e internacionais, com diferentes durações, e que também mostrasse as diversas formas de ajudar.

A Givers nasceu no dia do segundo aniversário da Right Buddy, 5 de outubro, mas só agora está totalmente preparada para fazer esta ponte entre quem quer ajudar e quem precisa dessa ajuda. Ainda assim, Raquel promete que a partir de janeiro a plataforma estará muito mais funcional e intuitiva.

Para já, cada pessoa que aceda ao site escolhe a sua forma de ajudar: em tempo ou em dinheiro. Se optar por esta última, saiba que pode escolher doar um montante mínimo de 10€ a uma instituição em específico ou fazer essa doação a um banco de fundo perdido para ser aplicado numa missão.

Se prefere fazer a sua doação em tempo, as opções são muitas. Numa lógica mais local, pode escolher ajudar a ensacar tampinhas em Oeiras que servirão para pagar os tratamentos de 12 crianças com paralisia cerebral. São também precisas pessoas que ajudem no transporte e acompanhamento de crianças com deficiência na prática desportiva, em Lisboa.

Rafael Pardal e Raquel Comprido formam a dupla por detrás da Right Buddy e agora também da Givers
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Para um voluntariado mais ambicioso, pode fazer como Raquel e viajar até ao Uganda e passar uma temporada a apoiar a instituição 22Stars. Nesse caso, as tarefas incluem principalmente contar histórias, visitar as famílias nas suas casas, visitar as crianças na escola e dinamizar workshops que podem ser sobre informática, ajuda de lida doméstica, aula de higiene feminina ou mesmo algo mais divertido, como aulas de dança.

Para já, ao clicar na sua opção, abre-se uma caixa de email, email esse que é imediatamente encaminhado para Raquel, que fará a ponte com a instituição em causa. Num futuro breve, esse email será dirigido diretamente à instituição e todo o contacto será feito diretamente com os responsáveis.

A garantia aqui é que todas as instituições inscritas no site são de confiança. Além disso, terá também informação detalhada sobre o tipo de trabalho e se é totalmente gratuito ou se é exigido algum valor pelo alojamento e alimentação. "O nosso objetivo é fazer a ponte entre os projetos sociais, os voluntários e os doadores, simplificando o processo de voluntariado e colocando a transparência como a base de tudo", esclarece Raquel que ainda que focada nesta parte da organização, vai continuar a ir para o terreno, liderando missões de voluntariado no estrangeiro.

No futuro, querem garantir que todas essas despesas não ficarão do lado de quem quer ajudar e, para isso, procuram empresas que queiram financiar o projeto.