Há mais 278 mortes e 13.200 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 29 de janeiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico. O País regista agora 11.187 recuperados.

Quem já teve COVID-19 não vai ser vacinado — pelo menos para já
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Os dados surgem um dia depois de ser aprovado em parlamento o décimo estado de emergência que entra em vigor a 31 de janeiro e se mantém até 14 de fevereiro. O decreto foi aprovado com os votos a favor do PS, PSD, CDS, PAN e da deputada Cristina Rodrigues. O Bloco de Esquerda absteve-se e o PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira votaram contra.

Também esta quinta-feira, 28 de janeiro, foram já anunciadas as novas medidas representando as mesmas um reforço das já existentes. Ao contrário do que foi inicialmente pensado, as atividades letivas retomam a partir do dia 8 de fevereiro, mas em regime não presencial. Existirá também agora limitação às deslocações para fora do território continental, por parte de cidadãos portugueses, efetuadas por qualquer via. Em cima da mesa está ainda a possibilidade de suspensão de voos e de determinação de confinamento obrigatório de passageiros à chegada, quando a situação epidemiológica assim o justificar.

Quanto à situação que se tem vindo a verificar à porta do Hospital de Santa Maria com filas que chegaram, esta quinta-feira, a atingir um total de 40 ambulâncias, ficou determinado que os doentes serão pré-triados pelo INEM e pela Proteção Civil. A decisão foi tomada depois de se concluir que “85% das situações não têm critérios de gravidade”, referiu o administrador do Hospital de Santa Maria. Para além disso, os casos que não forem considerados urgentes serão ainda encaminhados para os centros de saúde de Sete Rios e de Odivelas.

"Quando não se tem sintomas ou sintomas ligeiros [de doença] não se deve ir ao hospital, mas sim apenas quando se tem sintomas com alguma intensidade ou gravidade", apelou o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte, Daniel Ferro, lamentado  que muitas ambulâncias não estejam "a ser utilizadas como ambulância, mas sim como transporte”.