Ainda que o cenário já tenha mudado de figura, Cascais esteve debaixo de fogo. Um incêndio deflagrou na tarde desta terça-feira, 25 de julho, numa zona de mato em Alcabideche, no concelho de Cascais – mas já está dominado e não representa perigo para a população, apesar de a situação ter de ser avaliada durante o dia.
As chamas, que começaram a fazer-se sentir a partir das 17 horas, estavam a lavrar em duas frentes e a serem empurradas por ventos de quase 40 quilómetros por hora, encontrando-se perto do Hospital de Cascais. A instalação nunca esteve em risco de ser evacuada, de acordo com Carlos Carreiras, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, tendo as autoridades recomendado apenas que as janelas fossem fechadas por causa do fumo, explica a CNN Portugal.
Por outro lado, a GNR indicou que a aldeia de Zambujeiro fosse evacuada, uma vez que o fogo estava a rumar em direção à malha urbana mais densa. A par disto, foram ainda retirados cerca de 800 animais do canil municipal e da Associação São Francisco de Assis, que foram transferidos para um pavilhão municipal, segundo o "Jornal de Notícias". Contudo, não existem, até então, danos em habitações.
Tendo em conta este cenário de pânico, estavam a combater o incêndio mais de 600 operacionais, apoiados por quase duas centenas de viaturas e vários meios aéreos, continua a estação de Queluz de Baixo. Mas foi só por volta das 4 horas da manhã que o fogo foi dado como dominado, tendo ficado no local 500 operacionais por precaução, segundo o "Público" – e a ideia é que, devido ao vento, a situação continue a ser avaliada ao longo desta quarta-feira, 26 de julho.
À conta deste incêndio, pelo menos 13 pessoas tiveram de receber assistência médica, entre as quais nove bombeiros, quase todos por exaustão e inalação de fumos. E as chamas obrigaram a cortar o trânsito nos dois sentidos da A5, entre os nós de Cascais e Alvide, cuja circulação foi reaberta esta manhã, em troços da A16, que liga Cascais a Belas, em Sintra, e da Terceira Circular.
No entanto, ainda há estradas cortadas, nomeadamente aquelas que dão acesso à localidade do Zambujeiro, pelo que as autoridades continuam a impedir o acesso a estas zonas, avança a SIC Notícias.