Durante a madrugada de quinta-feira, Inês Carvalho, 23 anos, natural do Porto, foi baleada pela Polícia de Segurança Pública (PSP), na sequência de alguns assaltos a viaturas que andaria a fazer em São João da Madeira com o namorado, André "Pirata". O homem terá fugido com a mulher, deixando-a à porta do hospital, onde acabou por morrer.

A notícia do tiroteio foi avançada pela PSP, que explicou que já estava em curso uma investigação relativa à "existência  de vários furtos em viaturas num local concreto" daquela cidade. Assim, por volta da meia noite, junto da Avenida do Vale, uma equipa de agentes deparou-se com "uma viatura suspeita [um Seat Ibiza] a circular na área de ocorrência dos furtos, com luzes desligadas, parando junto dos carros".

Depois de as autoridades ouvirem "ruído correspondente à quebra de um vidro de uma viatura", que seria da marca Mercedes, apurou o "JN", abordaram os ocupantes daquele carro suspeito, o que terá levado ao tiroteio. Ao "Observador", fonte da polícia que preferiu manter o anonimato, revelou que os assaltantes fugiram da polícia depois de serem abordados pelos agentes, tentando atropelá-los. Foi depois disto que surgiram os tiros, dirigidos aos pneus do carro e não aos indivíduos. A bala que atingiu a jovem no peito não terá sido intencional, tendo sido causada por ricochete.

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Pouco depois, a mulher terá sido deixada pelo homem, que a PSP adiantou que seria seu namorado, à porta do Hospital de São João da Madeira, tendo este depois fugido. Cinco minutos depois, diz o "Correio da Manhã", alguém, junto à urgências, disse "Soccorro, socorro, está aqui uma pessoa a morrer". A mulher foi ainda sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu. Entrou em paragem respiratória e o óbito foi declarado no local.

De acordo com o "Correio da Manhã", Inês Carvalho terá nascido e crescido no Porto, cidade onde conheceu o namorado André "Pirata", 25 anos, recentemente libertado da prisão de Custóias, tendo sido um dos 1874 reclusos a saírem da cadeia, na sequência do perdão de penas que serviu para mitigar o risco de transmissão do novo coronavírus da prisão. O homem estava a cumprir um pela pelos crimes de tráfico de estupefacientes e ameaças com arma branca. Dentro da prisão, o homem chegou a ser suspeito por tráfico de droga.

Segundo os vizinhos do casal no bairro das Condominhas, no Porto, a relação entre o casal era pontuada por episódios de violência, em que, geralmente, era preciso intervir.

“Acho que a Inês era vítima de violência doméstica. Ouviam-se muitas discussões e ela gritava-lhe: ‘Deixa-me em paz. Vai-te embora’. Era preciso os vizinhos irem bater à porta para as coisas acalmarem”, disse uma vizinha ao JN.

A Polícia Judiciária e a Inspecção Geral de Administração Interna estão a investigar o caso, estando dois inspetores da Inspecção da PSP a conduzir uma análise a avaliação inicial. Está também instaurado um inquérito disciplinar para apurar as circunstâncias que levaram à intervenção policial que culminou com a morte da jovem de 23 anos. André continua em fuga.

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