Ljubomir Stanisic, chef do "100 Maneiras" e um dos representantes do movimento "Sobreviver a Pão e Água", anunciou esta sexta-feira, 27 de novembro, que irá iniciar uma greve de fome em forma de "protesto contra a destruição do setor da restauração", explica em declarações ao "Boa Cama Boa Mesa", o suplemento de lifestyle do jornal "Expresso".

"Estou a acabar de me instalar, a meter aqui umas camas e a preparar-me para começar uma greve de fome em frente da Assembleia da República", começou por dizer. A decisão surge depois da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa da qual Ljubomir diz ter saído "sem soluções" para ajudar o setor da restauração que continua a ser um dos mais afetados pelas medidas restritivas de combate à pandemia.

"Anotaram as nossas queixas e disseram apenas que o Presidente da República não manda nem toma medidas. Parece que o Presidente da República está a ser o adjunto do primeiro-ministro."

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Durante a audiência, Ljubomir Stanisic tentou pedir a alteração das medidas que impedem o normal funcionamento dos restaurantes durante os fins de semana e levou ainda 36 chaves de restaurantes que encerraram, numa clara alusão às dificuldades que o setor atravessa.

Nesse sentido, considera que a greve de fome tem como objetivo "defender a restauração, os colegas que não vão conseguir pagar rendas ou ordenados, e também pelas famílias dos milhares que correm o risco de chegar ao fim do ano sem emprego", explica à mesma publicação.

A greve de fome, continua Stanisic, "é pelos 43% de nós, empresas de restauração e similares, que ponderam avançar para a insolvência; pelos 19% de nós, empresas de alojamento turístico, que ponderam fechar as portas; pelos que ficaram pelo caminho; pelos mais de 49 mil empregos perdidos no sector da restauração e hotelaria durante o terceiro trimestre de 2020 e por todos os que perderão o emprego, o sustento, a comida na mesa se as ajudas não chegarem já”.

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