O comentador político Luís Marques Mendes anunciou, no passado domingo, 12 de maio, que Alcochete será o local escolhido para a construção do segundo aeroporto da capital. O antigo dirigente do Partido Social Democrata (PSD) avançou, no seu espaço habitual de comentários no Jornal da Noite da SIC, que o governo deverá mesmo seguir a recomendação da Comissão Técnica Independente, e que anunciará a sua decisão “nos próximos dias”.

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“O governo decidiu agora acelerar o ritmo e eu acho que nos próximos dias vai ser anunciada a localização do novo aeroporto”, começou por explicar o comentador. “Agora, a questão importante é saber qual vai ser a decisão do governo. Eu tenho para mim, ao que eu apurei, que a decisão é Alcochete, é o campo de tiro de Alcochete. Ou seja, é seguir com a proposta da Comissão Técnica Independente”, continuou.

Esta proposta foi entregue em março como relatório final, depois de em dezembro de 2023 a CTI ter apresentado o relatório preliminar, onde considerou que, das nove opções em estudo (Portela + Montijo, Montijo + Portela, Alcochete, Portela + Santarém, Santarém, Portela + Alcochete, Portela + Pegões, Rio Frio + Poceirão e Pegões), Alcochete era a que representava mais vantagem, segundo o jornal “Público”

Esta opção foi a escolhida por representar melhor os cinco fatores tidos em conta, sendo eles a segurança aeronáutica, a acessibilidade e território, a saúde humana e viabilidade ambiental, a conectividade e desenvolvimento económico e o investimento público e modelo de financiamento, de acordo com a SIC Notícias

“Numa primeira fase sendo Portela + Alcochete para depois se evoluir para a solução seguinte. A decisão não está formalmente tomada, mas está materialmente tomada”, disse o antigo dirigente do PSD no domingo, acrescentando também que qualquer que fosse a decisão, esta ia ser sempre polémica. “Os que defendem o Montijo vão contestar, os que defendem Santarém vão contestar. Qualquer que fosse a decisão seria sempre controversa e seria sempre polémica”, disse.

Luís Marques Mendes também esclareceu que não existem “condições nenhumas para fazer diferente do que propôs a Comissão Técnica Independente”, e que, concorde-se ou não com esta decisão, é um momento histórico. “Há imenso tempo que se espera uma decisão, depois se ela será definitiva ou não veremos no futuro, mas as pessoas estão bastante cansadas de tantos debates e discussões”.