No primeiro debate das presidenciais, que colocou frente a frente Marisa Matias e Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da República falou sobre as próximas medidas de combate à pandemia e avançou com a possibilidade de um estado de emergência de "oito dias apenas”, afirmando que “não tem nada a ver com a campanha”.
Isto porque, a confirmar-se a renovação de oito dias, o estado de emergência que entraria em vigor a 7 de janeiro prolongando-se até dia 15, coincidiria com a primeira semana da campanha eleitoral.
Contudo, no debate moderado pelo jornalista Carlos Daniel, na RTP1, Marcelo Rebelo de Sousa argumenta a proposta com o facto de não haver "dados suficientes relativamente ao período de Natal” e alega até existirem “dados que são contraditórios”, uma vez que “houve pontes consecutivas e não houve testes”.
Por isso, de acordo com o também candidato à Presidência da República, para avaliar o estado da pandemia no País será necessária uma reunião com os especialistas do Infarmed, que só foi possível agendar para 12 de janeiro. Dado que o atual estado de emergência termina às 23h59 de 7 de janeiro, "não é possível criar um vazio. Para não criar um vazio há que renovar”, afirmou Marcelo.
Assim, “se os partidos concordarem, se o Governo concordar, se a Assembleia autorizar”, renova-se o estado de emergência “com o mesmo regime durante oito dias” de forma a “dar tempo para se ter um conjunto de dados que permita encontrar uma solução que aponte para um mês”, concluiu o Presidente da República.
A proposta de renovação do estado de emergência vai ser apresentada aos partidos esta segunda-feira, 4 de janeiro, no Palácio de Belém.
Para este domingo, 3, está marcado outro debate com Marcelo Rebelo de Sousa e Tiago Mayan, às 21 horas, na RTP.