Graça Freitas, diretora da Direcção-Geral da Saúde (DGS), disse na conferência de imprensa deste domingo, 22 de março, que "não vale a pena a utilização das máscaras" — sobretudo "se estas nem forem máscaras", uma vez que resultam quase sempre num "bocadinho de tecido à frente do nariz."

De acordo com a diretora da DGS, este utensílio esgotado em farmácias e adotado por vários portugueses, não é uma solução, até porque só dão falsa sensação de segurança. "Aquele pano não é impermeável, vai ficar húmido, os vírus vão passar, portanto não vale a pena." Cria a ideia de se estar "protegido por uma barreira" quando, na realidade, "não está".

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Aquilo que é preciso garantir, destaca, é o distanciamento social. "Nós estamos aqui a trabalhar, sem máscara, todos, todos os dias e hoje também. Estamos distantes uns dos outros, não estamos a respirar, a tossir ou a espirrar para cima de outras pessoas e isso é de facto o fundamental."

Ao distanciamento social, junta outra medida fundamental: "O importante é treinarmos um gesto que todos nós temos — eu também tenho — que é reduzir ao mínimo levarmos as mãos à nossa cara", porque "é o contacto das mãos contaminadas com o nariz e boca que nos infetam."

"Não use máscaras, tenha a contenção e o cuidado de manter distância social. É esse o nosso apelo."