O grupo Médicos Pela Verdade suspendeu as redes sociais e o site do movimento. No domingo, 7 de fevereiro, o grupo, que contesta a gravidade da pandemia da COVID-19, emitiu um comunicado com uma mensagem de despedida.
"A nossa vontade e a nossa determinação em divulgar ciência e em expor alternativas continuam vivas e irão seguir em frente mas o ambiente concentracionário e repressivo em que vivemos e que vem sendo acentuado desde a nossa fundação, aconselha a que por ora não se vá mais além neste formato. Vamos suspender a nossa página e o nosso site até que sejamos todos livres de novo", pode ler-se no comunicado.
No documento, o grupo, que é contra a utilização de máscaras de forma generalizada, contesta a utilização de testes PCR e é contra o isolamento de pessoas assintomáticas, reforça ainda acreditar no seu “importante papel no despertar de consciências através de artigos de revisão de trabalhos científicos de alta qualidade, através de propostas e de alternativas à política sanitária vigente”.
Depois da publicação do comunicado, Alfredo Rodrigues confirmou a decisão numa live de Facebook. O coordenador dos Médicos pela Verdade explicou que, numa reunião com os membros, "decidiu acabar com o grupo tal como se conhecia", e alerta que existiu uma perseguição dos integrantes do grupo, que levaram à saída dos mesmos do movimento. O coordenador acrescentou também que a decisão de encerrar o site e cessar atividades nas redes sociais se deveu ao facto de não existir apoio suficiente por parte dos cidadãos.
“Chegámos ao limite do sofrimento”, disse Alfredo Rodrigues na live de despedida, acrescentando que a “esmagadora maioria dos membros do grupo falhou sempre, quando era necessário estar presente”. “Tendo em conta o desgaste e os resultados que obtivemos junto à população vamos ter de repensar a nossa forma de estar”, revelou o coordenador, tal como escreve o “Observador”.
Mas este pode não ser o fim dos Médicos Pela Verdade, dado que Alfredo Rodrigues acredita que o grupo vai continuar, repensando “a forma de estar na crise”.