Mónica Silva desapareceu a 3 de outubro, grávida de sete meses. Terá saído de casa na noite do dia 3 de outubro, alegando ir ao café. O principal suspeito da morte é Fernando Valente, ex-companheiro de Mónica Silva. Há quem diga que o pai deste também está envolvido.

O telemóvel de Mónica foi desligado, mas, 24 horas depois do seu desaparecimento, o dispositivo deu sinal no Alentejo, no concelho de Cuba, onde Fernando Valente tem uma propriedade. O ex-proprietário destes terrenos acredita que o pai de Fernando não é inocente.

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"Eles eram capazes disso e de muito mais", disse o homem de 70 anos, que trabalhou mais de 20 anos na polícia, ao "Correio da Manhã", acrescentando que o filho "é um pau mandado do pai" e que será Manuel Valente a apoiar monetariamente os negócios do filho.

Acácio Carvalho vendeu os terrenos à família Valente há sete anos, por 150 mil euros. "Ele pagou a entrada em dinheiro vivo, achei logo estranho", revelou o ex-polícia. "Durante o negócio, o pai tentou vigarizar-me, não me quis pagar e ainda me ameaçou", continuou.

Este homem de 70 anos referiu também ao "Correio da Manhã" que chegou a conhecer dois funcionários desta família e que estes lhe disseram que, no caso de não fazerem o que Manuel e Fernando lhes mandavam, "passavam fome e levavam porrada".

Fernando Valente encontra-se em prisão preventiva por homicídio qualificado, aborto agravado e profanação e ocultação do cadáver. As autoridades têm estado a tentar encontrar o corpo de Mónica Silva.