Portugal retomou a vacinação com o imunizante da AstraZeneca. Depois de o País ter suspenso a vacina na segunda-feira, 15 de março, a mesma suspensão foi levantada esta quinta-feira, 18, e o plano de vacinação vai ser retomado a 100%, depois de cerca de 120 mil pessoas terem sido afetadas por este percalço, e terem visto a sua vacinação atrasada uma semana. No entanto, Henrique Gouveia e Melo, coordenador do grupo de trabalho responsável pelo processo, acredita que o atraso será recuperado, no máximo, em semana e meia, escreve o "Observador".

Segunda fase de vacinação arranca com postos rápidos e um novo site para marcações online
Segunda fase de vacinação arranca com postos rápidos e um novo site para marcações online
Ver artigo

Depois de a Agência Europeia do Medicamento anunciar que a vacina da AstraZeneca é "segura e eficaz", Rui Ivo, presidente do Infarmed, reforçou que "os benefícios da vacina são claramente superiores a quaisquer riscos", disse numa conferência de imprensa posterior ao anúncio da entidade de saúde europeia.

Com o levantamento da suspensão, o plano de vacinação nas escolas, que começa já no último fim de semana de março pela imunização de professores e não docentes, será retomado.

Se recusar a vacina da AstraZeneca, vai para o fim da fila

Depois da polémica com o imunizante da AstraZeneca, Graça Freitas apela a que a população não recuse a vacina. "Creio que é uma hipótese que as pessoas não deviam colocar. A recusa de uma vacina é recusar proteger-se contra uma doença grave. A alternativa é continuarem vulneráveis", disse a diretora-geral da Saúde, tal como escreve o "Observador".

No entanto, a mesma publicação avança que vários utentes têm recusado a vacina em questão quando são contactados pelos profissionais de saúde para que a sua toma seja agendada. Devido ao facto que quem escolhe a marca da vacina não são os utentes, quem recusar a toma perde o "lugar na fila" e fica para o final do processo de vacinação.

"Recusar é impossível à partida. A orientação é: o utente não escolhe a vacina", completou Diogo Urjais, presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar. "Não podemos eliminar a pessoa da lista, o que dizemos é que vai ter que esperar, correndo o risco de não ser vacinada", escreve o "Observador".