Graças a uma operação da PSP que decorreu esta segunda-feira, 13 de fevereiro, foram detidos três dos suspeitos pela agressão a um imigrante nepalês, em Olhão, no distrito de Faro, na noite de 25 de janeiro. Outros oito foram identificados. No total, o grupo de agressores é constituído por 11 menores, dos quais oito são rapazes e três são raparigas, com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos, avança a "CNN Portugal".

"Foi possível relacionar o grupo com oito ocorrências, cinco por roubos e três de agressões, só no mês de janeiro", sublinhou o comandante distrital da PSP de Faro, Dário Prates, em conferência de imprensa. O responsável acrescentou ainda que a operação policial desta segunda-feira visou "a recolha de prova através da realização de seis buscas domiciliárias", resultando na detenção de três jovens do grupo, todos com 16 anos.

Dário Prates confirmou ainda que o trio é composto pelos jovens "mais ativos e violentos" do grupo, cujos integrantes estudam e residem na cidade de Olhão. A par de terem ouvido várias testemunhas, a PSP visualizou milhares de vídeos e centenas horas de imagens recolhidas pelas câmaras de videovigilância espalhadas por Olhão, registos "essenciais para a investigação", avançou o comandante da força de segurança, segundo a "CNN Portugal".

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"Sabe-se agora que os jovens comunicavam entre si através de um grupo fechado na rede social Instagram, a que atribuíram o nome de 8700 [código postal de Olhão]", referiu. Quanto às vítimas, os agressores escolhiam-nas a dedo, tendo preferência aquelas que fossem "especialmente vulneráveis". Ou seja, tinham em conta a sua "naturalidade, conforme os cidadãos da comunidade indiana e nepalesa", a "condição social, de sem abrigo," ou a "idade das vítimas", continuou.

Os atos violentos cometidos contra o imigrante nepalês em Olhão tornaram-se públicos com a divulgação de um vídeo nas redes sociais. A juntar à agressão, que foi de uma "violência gratuita e espontânea", o grupo ainda roubou a mochila da vítima, que não chegou a apresentar queixa, apesar de ter suplicado para que parassem de o agredir e que lhe devolvessem os documentos.