Uma fonte do Palácio de Buckingam revelou que a rainha Isabel II se sente desapontada com os lideres políticos do Reino Unido, pela sua "inabilidade de governarem corretamente", avança o tabloide inglês "The Mirror".
Apesar de conhecida por manter uma posição neutra, a monarca de 93 anos expressou a sua insatisfação relativamente à classe dos políticos britânicos na sequência de deputados ameaçarem arrastá-la para a crise política do país. Mas o desânimo não nasceu agora.
Uma fonte da casa real revelou ao jornal "Sunday Times" que a rainha se sente "verdadeiramente desanimada" com a situação na sequência do todo o caos provocado pelo Brexit.
A mesma pessoa considera que, passados três anos do referendo de julho de 2016, que decidiu que o Reino Unido sairia da União Europeia, este sentimento cresceu, depois de, em julho de 2019, Boris Johnson ter sido nomeado o novo Primeiro-Ministro, prevendo-se mais desacordos relativamente ao Brexit.
"Ouvi-a falar sobre a sua desilusão face à atual classe política e sobre a sua capacidade de governar corretamente", revela a fonte. "Ela expressou a sua exasperação e frustração sobre a qualidade da nossa liderança política, e que essa frustração está a crescer."
O Palácio de Buckingman recusado a comentar estas alegações, que surgiram na sequência de os deputados conservadores rebeldes e de deputados trabalhistas terem planeado pedir à rainha que interviesse no caso de Johnson e, por consequência, no crescimento da ideologia de extrema-direita.
Em agosto, numa coluna de opinião do "The Observer", Gordon Brown, ex-primeiro-ministro do partido trabalhista escreveu que três semanas após a eleição de Johnson, "o nacionalismo inglês está em ascensão", que "o Partido Conservador e Unionista reencarnou como o Partido Conservador e do Brexit" e que os ideais de um Reino Unido inclusivo e voltado para o exterior "não poderiam sobreviver à divisão e aos caos de um Brexit sem negociação."