Este fim de semana, de 1 a 2 de maio, seria o último em que os restaurantes seriam obrigados a fechar às 13h. Dizemos seria porque, apesar de o início da última fase de desconfinamento só estar marcado para segunda-feira, 3, está em cima da mesa a hipótese de a mesma arrancar mais cedo, já no próximo sábado.
A alteração permitiria a reabertura de fronteiras com Espanha, mas também a possibilidade de os espaços de restauração funcionarem sem restrições de horários já este fim de semana, bem a tempo de datas comemorativas como o dia da Mãe, que se celebra este domingo, com consequente impacto nos lucros do setor.
Assim, esta quinta-feira, 29 de abril, o conselho de ministros vai reunir-se para decidir se o País avança para a quarta fase do plano de desconfinamento e em que data, avança o jornal "Público". Todas as medidas serão anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião, embora já se saibam as principais: regressam todas as modalidades desportivas, atividade física ao ar livre e ginásios, grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 50% de lotação, de acordo com a previsão da última fase de desconfinamento, a 3 de maio.
Esta última fase já não vai estar abrangida pelo 15.º estado de emergência, que termina esta sexta-feira, 30 de abril, mas deverá ser substituído pela situação de calamidade, que deverá ser aprovada também em conselho de ministros. Só assim poderão ser mantidas as restrições e medidas de prevenção e combate à contaminação por COVID-19.
De acordo com Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Portugal está preparado para avançar para a última fase do plano. "Os indicadores têm-se mantido estáveis e assim pretendemos que continuem e, portanto, atendendo à matriz de risco que tinha sido identificada do ponto de vista global estão reunidas as condições para avançar", disse o presidente da associação, Ricardo Mexia, de acordo com o "Jornal de Notícias" que cita a agência Lusa.
Contudo, o especialista relembra que as variantes estrangeiras estão a circular em Portugal, por isso, os portugueses devem continuar a proteger-se e defende que deve permanecer "uma boa estratégia de testagem", bem como "continuar a vacinação tão rápido quanto possível".